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Maior oferta derruba preços do tomate e da batata
Agropecuária | Publicada em 23/03/2016
A diminuição das chuvas nas principais zonas produtoras de tomate e batata derrubou os preços dessas hortaliças comercializadas nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. É o que revela o boletim Prohort, sobre a comercialização de hortigranjeiros nas Ceasas, divulgado nesta terça-feira (22) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo os técnicos, “a maior oferta dos produtos e com melhor qualidade fizeram os preços caírem em até 53% no caso do tomate no Espírito Santo e 39% da batata em Recife.” O estudo analisa os preços de comercialização no atacado em fevereiro deste ano.
Os técnicos observam que a melhora das condições climáticas teve um reflexo positivo ao consumidor em alguns locais, mas o excesso de chuvas no plantio e colheita da cenoura, principalmente em Minas Gerais, Bahia e Goiás, fez com que houvesse diminuição da oferta e consequente aumento dos valores de comercialização.
A perspectiva para este mês é de manutenção da alta dos preços da cenoura, mas em níveis menos expressivos, “uma vez que o comportamento do consumidor com a substituição do produto pode frear a elevação”, dizem eles.
A cebola também registrou alta em alguns mercados atacadistas e baixa em outros, devido à quantidade importada do produto para o mercado interno. No primeiro semestre de 2015, o país importou 9,5 mil toneladas de cebolas, nos dois primeiros meses deste ano houve entrada de 47,2 mil toneladas do bulbo. Nos mercados em que houve registro de queda percebe-se a entrada da produção nacional.
No caso das frutas, os preços continuam apresentando alta nas centrais brasileiras, “motivada pela queda da oferta em consequência da entressafra e da baixa produtividade aliada ao aumento das exportações”.
As maiores altas nos preços das frutas foram da banana e do mamão. “Isso porque a variedade de banana-prata está na entressafra e o mamão passou por problemas climáticos em algumas regiões produtoras”, explicam os técnicos.
Segundo eles, a alta de preços destes produtos (banana e mamão) também é reflexo do aumento das exportações, “que se mostram vantajosas para os produtores”. No caso da banana, o movimento pode ser revertido ainda este mês, com a entrada da produção do norte de Minas Gerais e do centro-sul da Bahia, dizem eles.
Fonte: Globo Rural
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