Notícias
Ajuste de produção da JBS na Austrália é sazonal, afirma executivo
Agropecuária | Publicada em 07/03/2016
O ajuste da produção na planta de ovinos de Bordertown, na Austrália, foi feita em função de uma oferta mais ajustada de animais para abate. É o que afirma André Nogueira, CEO da JBS USA, subsidiária da empresa brasileira no território norte-americanos que comanda também as operações na Oceania.
No final de fevereiro, a JBS Austrália reduziu de dois para um turno o trabalho na unidade, além de diminuir de 8 mil para 5 mil cabeças o volume abatido diariamente. Em entrevista para jornalistas brasileiros na sede da JBS USA, em Greeley, no estado norte-americano do Colorado, Nogueira diz que o mercado australiano sofre forte impacto de movimentos sazonais de oferta e demanda.
“É uma questão puramente sazonal e dos altos e baixos de uma indústria que tem uma influência muito grande do clima”, explica o executivo, que passou um tempo na Austrália para implantar a operação. “Quando eu estava na Austrália, era uma planta de um turno e elevamos para dois porque tinha mais disponibilidade de carneiro. Agora, com a oferta menor, a gente volta para um turno”, acrescenta.
A JBS atua no mercado australiano com 10 plantas de processamento de proteína animal. Seis são apenas de bovinos, duas só de ovinos e outras duas com linhas para ambas as carnes. A multinacional brasileira possui 30% de participação de mercado no país em carne bovina e 25% em carne ovina.
A operação inclui também o fornecimento para supermercados, onde a presença varia de 40% a 45% na parte de produtos processados. Esses níveis de participação estão ligados, principalmente, à aquisição da Primo Smallgoods no ano passado. A receita com as vendas domésticas e exportações a partir do mercado australiano representa 4% do total da JBS no mundo.
“Não há problema de mercado. A Austrália exporta muito. A questão central é a disponibilidade de matéria-prima”, reforça Nogueira, destacando que o país exporta cerca de 35% da carne de carneiro do mundo, com outros 35% de participação da Nova Zelândia. Ainda na Oceania, a companhia anunciou no ano passado a aquisição do controle da Scott Technologies, com matriz neozelandesa, pelo equivalente a US$ 42 milhões. A Scott - que tem capital aberto - atua na área de robótica em diversos setores, incluindo processamento de carnes. O negócio ainda aguarda autorização das autoridades locais para ser concluído.
Fonte: Globo Rural
Voltar