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Plantações de cacau ameaçam a Amazônia, afirma estudo

Agropecuária | Publicada em 17/08/2015

O aumento do prazer das pessoas em consumir chocolate pode ser cada vez mais medido pelas cifras do aumento do uso e consumo do cacau, no entanto, muitos destes amantes do produto podem não imaginar que em conjunto com o doce estão “abocanhando” um pedaço da Amazônia.

Para satisfazer a crescente demanda, a produção mundial de cacau foi crescendo mais de 2,1% por ano na última década, alcançando as 7,3 milhões de toneladas em 2014, segundo a Organização Internacional do Cacau.

Estes aumentos tem levado a indústria a buscar novas terras para produção, em muitos casos as custas do desmatamento e do aumento das emissões de gás carbônico (CO2).

Este alerta parte do estudo publicado pelo World Resources Institute (WRI) que demonstra com imagens de satélite as plantações de cacau invadindo a floresta amazônica.

A maior parte da produção mundial do fruto historicamente provinha dos países da África Ocidental, mas o envelhecimento natural das plantas, o aumento das pragas e doenças e as condições desfavoráveis causadas pelas mudanças climáticas impedem a região de continuar mantendo sua fatia de mercado, com a demanda cada vez maior.

 Com esta situação, os produtores viraram para a América do Sul como futuro grande celeiro de cacau do mundo, explica à Efe Ruth Noguerón, portavoz do Programa de Alimentos, Campos e Água do WRI.

Os dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) confirmam a situação: a produção de cacau no Peru aumentou cinco vezes entre 1990 e 2013, fazendo com que o país andino tenha entrado desde o ano passado na lista dos dez maiores produtores de cacau do mundo.

O aumento da produção não necessariamente precisaria implicar em danos ambientais, até pelas árvores de cacau reforçarem a absorção do CO2 atmosférico e do solo, conforme observaram os especialistas. Porém, ao invés de fazer o bom uso do solo, o que foi feito foi a ampliação da quantidade de terras disponíveis através do desmatamento.

Noguerón aponta o exemplo do caso da empresa United Cacao, que em 2012 desmatou 2 mil hectares de floresta amazônica no Peru para estabelecer plantações de cacau.

As imagens obtidas pelos satélites da NASA permitiram os especialistas obter dados sobre a parte desmatada e assim poder calcular o aumento das emissões de gases do efeito estufa associados à mudança do uso do solo. Mais de 602 mil toneladas de CO2 serão emitidas na atmosfera em incremento, o que equivale a dirigir com um carro ao redor do globo 60 mil vezes.

O pesquisador Matt Finer, da Associação para a Defesa da Amazônia, explica à Efe que a citada empresa se tornou marco legal no Peru por defender que suas práticas não eram um “desflorestamento”, mas um “desbosqueamento”, dando a entender que ela não removia mata virgem de florestas e apenas regiões de mata arbustiva.

Finer sustenta que a United Cacau “está mudando o modelo de produção sustentável de cacau no Peru da pequena escala que se utiliza de terrenos já desmatados para um modelo agro-industrial de grande escala que planta sobre terrenos ocupados por bosques”.

Em todo o caso, a descoberta do WRI desmente um cálculo de emissão de 169 gramas de CO2 na atmosfera por cada barra de chocolate (49 gramas) consumida, feito pela multinacional Cadbury. O antigo cálculo considerava apenas os gases emitidos na produção das matérias primas do produto (cacau, leite e açúcar), da embalagem e da distribuição, mas não as mudanças no uso de terras recém descobertas.

Segundo o instituto, a pegada de carbono do chocolate cresceu para 6,8 gramas de CO2 por grama de chocolate ao leite e 10,1 gramas de CO2 para uma grama de chocolate amargo.

Fonte: Agência EFE

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