Agropecuária | Publicada em 22/05/2015
Uma técnica que ajuda a controlar os minerais do solo, otimizar o uso das matérias-primas e ainda é mais rentável para o produtor? Sim, isso existe!
Adotada no Brasil há décadas, mas considerada apenas recentemente como uma referência no aumento de produtividade, a integração entre lavoura e pecuária combina a produção integrada entre lavoura, pecuária e, às vezes, até de floresta, na mesma área que pode ser adaptada pelo agricultor em um período de seis anos.
“Nos primeiros três (anos) já é possível notar resultados e lucro para pagar o investimento feito anteriormente”, ressaltou Roberto Bosco, diretor da Alltech para a América Latina. Ele explica que a integração tem funcionado bem no Brasil porque o país tem grandes problemas na expansão da área agrícola, especialmente por causa das reservas e áreas de proteção natural, que não são “mitigadas” dentro da proposta.
“O sistema basicamente começa com um plantio direto, usado em 70% das áreas. Em seguida, controlamos as plantas na superfície. A palhagem que permanece protege o solo permite que outras plantas cresçam até fazer a engorda do gado e voltar com uma plantação de milho, por exemplo”, explicou.
Com a aplicação do sistema, o diretor da Alltech demonstrou que a complementação de cultivo aumenta o número de animais por hectare, o que proporciona um crescimento na produtividade de carnes no país.
“Temos de 110 milhões de hectares de área de pastagem, menos de 30% suporta um animal por hectare, o que significa um animal por campo de futebol. Isso é um uso muito ruim. Esse sistema, então, traz correção de solo com calcário, mensura o uso de fertilizante e gera um salto de produtividade, passando a ter de três a quatro animais por hectare”, destacou.
Para o especialista, a intensificação do uso da integração no Brasil gera recursos “inexoráveis” para o produtor nos períodos de inverno e seca, fazendo com que o país tenha possibilidade de aumentar muito sua produtividade.
Fonte: Agência EFE
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