Agropecuária | Publicada em 05/04/2021
Porém, neste mês, o que deve chamar a atenção de analistas econômicos e sobretudo dos grandes meios de comunicação é a variação anual de preços obtida tanto pelo frango abatido como pelo frango vivo. Que, no caso do abatido – e consideradas apenas as negociações do dia primeiro – gira em torno de 50% e, para o frango vivo (dois dias de negociações, 1 e 3), já supera os 60%. Neste caso, poucos irão lembrar que, um ano atrás, no primeiro ato de isolamento social imposto pela pandemia, os preços do frango retrocederam a um dos mais baixos níveis da década. Ou seja: os índice são altos porque as bases são baixas. E como caem ainda mais no decorrer do mês (para o frango abatido, o fundo do poço foi registrado em maio), as diferenças irão aumentar com o avançar do mês. Mas, voltando ao desempenho dos dois produtos na semana que passou, o que se observou é que a chegada da Páscoa não apresentou qualquer alteração na comercialização do frango abatido, que apenas deu breves sinais de estabilização entre o final de um mês e o início de outro. Espera-se algo mais para esta semana, já que os salários começam a chegar ao mercado. No entanto, deve-se contar mais com reposição de estoques do que com a dinamização das vendas. O frango vivo, por seu turno, segue com o preço estabilizado em R$4,70/kg, valor que chega ao trigésimo dia de vigência nesta terça-feira, 6 de abril. Ou seja: segue imutável às variações do frango abatido, o que pode indicar que sua oferta é limitada, sem excedentes. No entanto, isto sendo verdadeiro, qualquer melhora na comercialização do abatido deve abrir espaço para novos reajustes de preço. Neste caso, não custa lembrar que já em fevereiro o custo levantado pela Embrapa Suínos e Aves já chegava aos R$4,89/kg. Como, de lá para cá, o custo só fez aumentar, os reajustes, mais do que necessários, são imprescindíveis. Fonte: AviSite
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