Agropecuária | Publicada em 02/07/2020
Pinnaspis aspidistrae é o nome cientificamente falando da “escama farinha da folha”. A do tronco, que foi o tema do artigo anterior é Unaspis citri, praga terrível que racha os troncos atacados severamente, principalmente em desequilíbrio biológico devido os calendários atuais de inseticidas para o controle do vetor do HLB. A ocorrência da escama farinha da folha é bastante esparsa e as colônias são geralmente isoladas e nunca foi preocupante como praga mesmo porque os inseticidas não permitem a atuação dos inimigos naturais das cochonilhas de escamas como é também esta. Ela nunca chegará a ser praga porque na natureza é considerada de característica de abundância baixa. Esta cochonilha pertence à Ordem Hemiptera, Família Dispididae, a mesma Ordem do Psilídeo, Pulgões e Moscas brancas. A estrutura da colônia consiste em uma Mãe (lado esquerdo da foto topo) e 50 a 70 machos ápteros (sem asas) protegidos por uma carapaça branca tri-carinada (3 saliências) e alguns machos alados com 1 par de asas que duram apenas 1 a 2 dias. O corpo da fêmea é amarelado e protegico por uma carapaça branca. Ambas as carapaças (machos e fêmea) são formadas pela pele da último estágio ninfal e cera branca. Ao botar os ovos depois de acasalada, uma ou mais ninfas dão origem a fêmeas que se separam dos machos e por meio do vento se espalham pela copa da planta ou entre plantas do pomar dando origem a novas colônias esparsas. As colônias, é claro, com os indivíduos todos juntos, sugam a folha no local e aparece a mancha descolorida, mas sem nenhum dano significativo à planta, porque são isoladas, ao contrário da do tronco que se juntam e racham a casca. Numa condição de manejo sustentável (adoção dos 2 manejos já proposto por nós em artigos anteriores – HLB com controle biológico + MEP) na presença do HLB, ou se estivéssemos antes da CVC(1987) e HLB(2004), a escama farinha da folha devia ser considerada benéfica como a da foto de topo. Nela a gente vê muitos furos. Indica que houve um controle biológico natural de 67% pela vespinha Aphytis lingnanensis importada muitos anos atrás pelo MAPA. A fêmea mãe está com sinais de predação por inseto predador, provavelmente uma joaninha. Ela, portanto, estando presente, serve de hospedeira e presa para a vespinha e a joaninha, respectivamente.
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