Agropecuária | Publicada em 08/06/2018
Na manhã desta quinta-feira (7), os futuros do milho exibem leves altas na Bolsa de Chicago (CBOT). Perto das 8h57 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos de mais de 2 pontos. O vencimento julho/18 era cotado a US$ 3,80 por bushel, já o setembro/18 operava a US$ 3,90 por bushel.
Mais uma vez, o mercado esboça uma reação depois de ter recuado mais de 1% no dia anterior. Além da movimentação técnica, os preços também são influenciados pelos mais fortes registrados nos contratos do trigo, que subiam mais de 2% na manhã desta quinta-feira na CBOT.
"Por sua vez, os preços do trigo sobem em meio a preocupações sobre a escassez global de oferta devido ao clima mais seco observados nos principais exportadores", reportou a Reuters internacional.
No quadro fundamental, os traders permanecem focados no comportamento do clima no Meio-Oeste americano. Algumas previsões recentes mostram um clima mais favorável ao longo de junho, com o retorno das chuvas nas principais regiões produtoras.
Já em julho, as previsões indicam tempo mais seco e chuvas abaixo da normalidade em Missouri, em Iowa, Nebraska, Minnesota e nas Dakotas. "Esse é o período crítico para o milho durante a polinização", disse ale Mohler, meteorologista agrícola do Accuweather.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de vendas semanais. O número é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento das negociações.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Diante da previsão de clima favorável nos EUA, mercado recua mais de 1% nesta 4ª feira em Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o pregão desta quarta-feira (6) foi negativo aos preços do milho. As principais posições da commodity caíram entre 4,00 e 5,50 pontos, uma desvalorização de mais de 1%. O julho/18 era cotado a US$ 3,78 por bushel, enquanto o setembro/18 a US$ 3,87 por bushel. Já o dezembro/18 operava a US$ 3,99 por bushel.
"Os preços do milho e da soja registraram perdas moderadas hoje à medida que as previsões climáticas indicam condições favoráveis no curto prazo no Meio-Oeste dos EUA", informou o site internacional Farm Futures.
Junho está se preparando para ser um bom mês para os agricultores em todo o Meio-Oeste dos EUA. As previsões climáticas indicam chuvas acima do normal para a maioria da região, disse Dale Mohler, meteorologista agrícola do Accuweather.
"Durante as próximas duas semanas, haverá um padrão mais úmido, diferente do que tivemos nas últimas semanas", completa Mohler.
Áreas como centro de Indiana, noroeste de Ohio, centro de Illinois, norte do Missouri, sudoeste de Minnesota e sudeste de Dakota o Sul terão chuvas. "Não necessariamente o suficiente para acabar com todos os pequenos déficits que se acumularam, mas será próximo", destacou o especialista.
Em contrapartida, as previsões para o mês de julho não são tão otimistas. Tempo mais seco e chuvas abaixo do normal deverão ser observados no Missouri, em Iowa, Nebraska, Minnesota e nas Dakotas. "Esse é o período crítico para o milho durante a polinização", diz Mohler.
Além da safra americana, as tensões entre Estados Unidos e China voltaram ao centro dos negócios. A perspectiva é que a situação possa afetar a demanda por produtos agrícolas americanos.
Mercado interno
O dia foi de poucas referências para os preços do milho no mercado doméstico. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Campo Grande (MS), a saca caiu 5,71% e terminou o dia a R$ 33,00. Em Assis (SP), a perda ficou em 2,16%, com a saca a R$ 36,20.
Por outro lado, em Brasília, a saca do cereal subiu 3,13% e fechou o dia a R$ 33,00. Em Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto de 2018, permaneceu estável em R$ 40,00.
Conforme destacou a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. as negociações permanecem paradas no mercado doméstico em meio às preocupações com o tabelamento do frete. "Muitas rotas estão com valores bem acima dos praticados anteriormente", pondera.
Ainda hoje, o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, informou que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) irá buscar uma readequação para os valores da tabela dos fretes. Ninguém quer fugir do acordo sobre frete que foi feito, queremos valores que sejam justos para todos", disse o ministro, conforme informações reportadas pela Reuters.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,8384 na venda, com alta de 0,75%. Esse é o maior nível desde 2 de março de 2016. "A preocupação com a cena fiscal e política local continuou estressando os mercados e o dólar fechou mais um pregão em alta, mesmo com as atuações do Banco Central", destacou a Reuters.
Fonte: Notícias Agrícolas
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