Agropecuária | Publicada em 08/06/2018
A evolução da tomada de crédito por parte do produtor para custear as despesas da lavoura de soja cresceu bastante. Segundo dados do Banco Central do Brasil, os contratos de custeio agrícola para o cultivo da oleaginosa totalizaram R$16,2 bilhões de julho de 2017 a fevereiro deste ano. O montante representa 22,7% a mais dos recursos liberados no mesmo período do ano passado.
A soja representa um dos carros-chefes da economia agropecuária brasileira. A estimativa é que a produção mundial do grão chegue a 346,9 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês). A produção brasileira é a segunda maior do mundo, e que deve encerrar em 112 milhões de toneladas.
Considerando todas as culturas, já foram liberados R$43,2 bilhões de julho a fevereiro, 2,4% a mais do que na safra passada. Entre as linhas, a do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) pode significar uma boa opção para os médios produtores rurais. No Plano Agrícola e Pecuário da safra 2017/2018, as taxas de juros podem chegar até 7,5% ao ano e contará com R$ 21,7 bilhões, crescendo 12% em relação ao ciclo 2016/2017. São R$ 18 bilhões em operações de custeio e R$ 3,7 bilhões em investimentos.
O prazo máximo de reembolso do crédito de custeio é de 14 meses para a agricultura, segundo o Manual de Crédito Rural (MCR). Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, são linhas como essa que fundamentam a produção agrícola do País. “Os recursos de custeio ajudam os produtores rurais a comprar insumos em melhores condições de negociação”, diz Maggi. “Isso já vai estruturar nossa safra para 2018/2019”.
Investimentos como esse mostram a expressividade do agronegócio na economia do País. No ano passado, foi o campo que garantiu o maior desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos R$ 6,6 trilhões movimentados em 2017, R$ 299,5 bilhões vieram da agropecuária. A alta na taxa acumulada foi de 13%. “O crescimento que o Brasil teve, praticamente, veio do agronegócio, da agricultura, da pecuária e dos negócios ligados ao nosso setor.
Vamos fazer com que em 2018, o agronegócio tenha também participação muito forte no PIB brasileiro”, afirmou Maggi. Com a gradual percepção de bons negócios, os números como o de entrega de fertilizantes poderão mudar. Os dados mais recentes da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), com sede na capital paulista, mostram que foram entregues em janeiro 2,4 milhões de toneladas de fertilizantes ao produtor, 6,4% a menos que em janeiro de 2017. O volume total entregue no ano passado foi de 34,4 milhões de toneladas de adubos.
Fonte: Dinheiro Rural
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