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Consórcio de braquiária com feijão-caupi aumenta produção de carne e grãos na ILP

Agropecuária | Publicada em 08/06/2018

Pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril (MT) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT – campus Rondonópolis) estão lançando o Sistema Gravataí, um consórcio de braquiárias com feijão-caupi destinado ao pastejo em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Este é o primeiro consórcio de gramíneas com leguminosas indicado para solos de textura média e argilosa na região de Cerrado.

Após três anos de pesquisas na Fazenda Gravataí, em Itiquira (MT), o uso do consórcio resultou em aumento no ganho de peso dos animais na safrinha e em melhor produtividade de soja na safra. No grão, a diferença ficou em torno de 20 sacas por hectare a mais no acumulado de três safras, quando comparado a uma área sem a utilização do Sistema Gravataí. Já na pecuária, o uso da tecnologia resultou em até 100 gramas a mais de ganho de peso por dia.

Melhora a qualidade do solo

Parte da explicação pela maior eficiência nos resultados está na melhoria dos atributos químicos, físicos e microbiológicos do solo.

“Observamos que após três anos de implantação do Sistema Gravataí ocorreu um incremento na qualidade do solo, com aumento de matéria orgânica, principalmente carbono e nitrogênio total, e um incremento considerável na quantidade de microrganismos. A biomassa microbiana é cerca de três vezes maior do que em um pasto solteiro. Além disso, o incremento de atividade microbiana e o desenvolvimento das raízes promoveram uma descompactação do solo”, relata o professor da UFMT campus Rondonópolis Edicarlos Damacena de Souza.

Esse resultado condiz com o objetivo inicial do trabalho, que começou ainda em 2011, na Fazenda Dona Isabina, em Santa Carmem, na região médio-norte de Mato Grosso. Naquela época, o intuito era encontrar uma cultura que precedesse o arroz de terras altas.

“O objetivo era desenvolver um consórcio com produção elevada e com alto valor nutritivo de biomassa, que aportasse nitrogênio para o sistema e que ao mesmo tempo descompactasse o solo para a cultura do arroz, que fosse fácil de ser implantado, que envolvesse sementes acessíveis e a um custo bom para o produtor rural”, afirma o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Flávio Jesus Wruck.

Braquiária + feijão-caupi

O Sistema Gravataí foi testado com resultados positivos com três tipos de braquiárias: a B. ruziziensis, e as B. brizantha BRS Piatã e BRS Paiaguás. Em todas elas, os resultados foram satisfatórios e demonstraram melhorias no incremento de proteína bruta na pastagem, aumento da quantidade de carbono orgânico e nitrogênio total no solo e aumento na produtividade da soja. A massa de forragem variou em algumas delas, assim como o índice de ganho de peso.

“Tivemos um resultado de 100 g de ganho médio diário por animal nesse consórcio. O caupi entrou no sistema para aumentar o valor proteico da pastagem, assim como as melhorias que ele traz para o solo também. Nós atingimos seis arrobas por hectare a mais no consórcio com caupi”, destaca a professora da UFMT Francine Damian da Silva.

Nas avaliações, o feijão-caupi utilizado foi a cultivar BRS Tumucumaque. Porém, pesquisadores já trabalham com outros materiais mais apropriados ao consórcio, como a BRS Gurgueia, por exemplo.

“É uma cultivar com características de grão menor. Então o produtor vai usar um volume menor de sementes por hectare, reduzindo os custos de implantação. Ela também tem um estabelecimento de campo muito bom, com uma massa vegetal maior”, explica o gerente do escritório de Rondonópolis da Secretaria de Inovação e Negócios da Embrapa, Valter Peters.

Implantação e condução

O Sistema Gravataí pode ser implantado de três formas distintas. Uma delas é de maneira simultânea, utilizando uma semeadeira com terceira caixa, onde são inseridas as sementes da forrageira.

As outras opções são utilizando duas operações. Em uma delas faz-se a semeadura direta em linha do feijão-caupi e na sequência semeia-se também em linha o capim. Na outra alternativa, é feita a semeadura da braquiária a lanço e, em seguida, a semeadura direta do feijão-caupi em linha. Nesse caso o próprio revolvimento do solo da operação de plantio é suficiente para cobrir as sementes da forrageira, desde que não falte chuva no período.

Cerca de 45 a 50 dias após a implantação o consórcio já está pronto para pastejo dos animais. Com maior teor proteico e mais palatáveis, as folhas e vagens do feijão-caupi serão pastejadas em primeiro lugar. Com a redução das chuvas e o pastejo constante, sobrará apenas o capim na área.

O gado deve permanecer nos pastos de consórcio entre 90 e 120 dias, sendo retirado a tempo de haver um crescimento do capim antes da dessecação para o plantio da soja na safra seguinte.

No manejo do Sistema Gravataí, o produtor deve estar atento à ocorrência de pragas, como pulgões e, sobretudo, a vaquinha (Diabrotica speciosa). Comum em áreas com lavoura de soja, a vaquinha se alimenta das folhas do feijão-caupi, causando grandes danos para as plantas.

Dessa forma, para evitar que a vaquinha coma o alimento do gado, deve-se atentar para o monitoramento e manejo da área. “Deve ser feito logo no início, antes da semeadura do consórcio, na época da dessecação, a aplicação do inseticida para controlar essa população inicial. Depois, o tratamento da semente do caupi é recomendado com inseticida. E nas três primeiras semanas após a germinação, o monitoramento e o controle químico se necessário. Uma outra estratégia importante é entrar com animais na época certa”, orienta o pesquisador Flávio Wruck.

Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril

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