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Suínos: Setor reduz custos e gera renda com metano

Agropecuária | Publicada em 11/04/2018

A geração de gás metano a partir das fezes de porcos para sua conversão em energia elétrica tem crescido na suinocultura de Minas Gerais e permitido a alguns produtores a redução dos custos nas suas granjas e, em alguns casos, até mesmo a venda do excedente.

A coordenadora da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline de Freitas Veloso, explicou que a geração de energia elétrica a partir do tratamento dos dejetos de suínos vem crescendo no Estado. “Isso viabiliza ao produtor reduzir o custo próprio e ainda inserir a energia da rede, o que vai trazer renda”, disse.

O gás metano, com elevado conteúdo energético, é um tipo de efeito secundário de várias atividades do campo. Na pecuária intensiva, especificamente na suinocultura, o metano é obtido por meio do tratamento integrado dos dejetos dos porcos em biodigestores (motor de combustão interna e gerador elétrico), capazes de produzir o biogás, composto em sua maior parte pelo metano, e, depois, realizar sua conversão em energia elétrica.

De acordo com a Faemg, a viabilidade do investimento necessário para a geração de gás metano e energia elétrica a partir do tratamento dos dejetos de porcos vai ser determinada pela estrutura da granja. “O que temos visto é que o sistema é viável e se paga em um prazo relativamente curto, de três anos a oito anos, dependendo da granja. Já existem linhas de financiamento para este tipo de sistema”, acrescentou o analista ambiental da Faemg, Guilherme Oliveira.

Benefícios

Em uma conta hipotética, considerando uma granja de ciclo completo (onde o produtor tem a matriz, produz o próprio leitão e vende o suíno para o abate), que reúne todos os processos dentro da granja, uma matriz tem potencial de geração entre 90 KW (quilowatts) e 100 KW por mês, em média, dependendo do sistema. Porém, além de gerar energia para reduzir os custos e, em alguns casos, até inserir o excedente da rede de distribuição em troca de créditos na conta de luz, a biodigestão do metano também reduz em 20 vezes o efeito poluidor do gás.

O consultor ambiental e engenheiro agrônomo Orlando Rolón, que vem ajudando suinocultores a implantar o sistema de geração de gás metano para produzir energia elétrica em granjas do Estado há alguns anos, contou que “já tem produtor autossuficiente em energia e alguns até entregando excedente para a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e recebendo crédito para usar na conta de luz”.

Rolón explicou que o momento atual da suinocultura é bem diferente de há alguns anos, quando a preocupação da atividade com os dejetos se resumia à mineralização para descarte e reutilização em fertilizantes. “Hoje, não se pode pensar em suinocultura sem levar em consideração o tratamento dos dejetos para gerar biogás, com metano de boa qualidade”, destacou.

O consultor reforçou que o produtor deve ter atenção na implantação do sistema, de forma a atacar duas frentes. A primeira é o tratamento adequado dos dejetos e a segunda a qualificação correta do biodigestor para gerar metano de alta qualidade e aproveitamento para geração de energia elétrica.

Rendimento

Só para se ter uma ideia do potencial de geração de energia em uma granja, o consultor citou um exemplo, sem dar nomes, de um de seus cases em Minas. Em uma granja de 500 matrizes, hoje são produzidos 33,6 mil metros cúbicos de metano, que, por sua vez, conseguem gerar 40,3 mil KW de energia em praticamente um mês, considerando dois dias de paralisação da produção para checagem e manutenção do motor do biodigestor.

Ainda de acordo com o engenheiro agrônomo, nem todo produtor que implantar o sistema e gerar energia para consumo vai ter condição de jogar excedente para a Cemig. Além disso, Rolón também destacou que a instalação desses sistemas integrados esbarra na burocracia dos órgãos ambientais do Estado.

Em Minas Gerais, com base nas contas da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), são cerca de 280 mil matrizes e 1,4 mil granjas, sendo que a Zona da Mata reúne aproximadamente 32% das matrizes do Estado, seguida pelas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Fonte: Diário do Comércio

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