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Agroconsult estima safra de soja em 118,9 milhões de toneladas

Agropecuária | Publicada em 02/04/2018

O Brasil deve colher 118,9 milhões de toneladas de soja na safra 2017/2018. A estimativa foi apresentada nesta terça-feira (27/3) pela consultoria Agroconsult, que divulgou em São Paulo (SP), os resultados do Rally da Safra, expedição que analisa in loco a situação das lavouras nos principais polos agrícolas do Brasil.

Representando um novo recorde, a nova estimativa supera em 4,3 milhões de toneladas o resultado da safra 2016/2017, que foi de 114,6 milhões de toneladas. O ciclo atual, em fase final, foi marcado por uma reversão das expectativas da empresa em relação à oleaginosa, que, inicialmente, em função do atraso no plantio, era de produção pouco menor que na temporada passada.

“É a confirmação de um teto de produtividade diferente. Nosso potencial mudou de patamar, mesmo com uma safra que enfrentou problemas climáticos pontuais”, resumiu o diretor da Agroconsult, André Pessoa. “Se o clima tivesse sido como no ano passado, certamente teríamos superado os 120 milhões de toneladas”, acrescentou.

A produtividade média no país foi estimada pela Agroconsult em 56,5 sacas por hectare, pouco acima da registrada na safra anterior, de 56,3 sacas por hectare. Entre as principais regiões, os destaques foram Minas Gerais e Bahia, com rendimentos estimados em 60 sacas por hectare, em média.

“Na Bahia, as chuvas na colheita podem colocar em risco o cumprimento dessa média. Mas não há dúvida de que foi um dos destaques desse ano”, disse Pessoa, com a ressalva de que produtores têm registrado colheita de soja com altos níveis de umidade, entre 18% e 20%.

Em Mato Grosso, líder nacional em produção de soja, o rendimento médio foi estimado em 56,7 sacas por hectare, com bons níveis de produtividade, de forma geral. “A chuva na colheita trouxe problemas pontuais. O manejo foi eficiente, mas percebemos problemas com nematoides em todo o estado. Variedades precoces tiveram ótimo desempenho, com produtividades sensacionais no início da colheita”, disse Pessoa.

Em Mato Grosso do Sul, o rendimento das lavouras foi calculado, em média, em 58,4 sacas de soja por hectare. Segundo Pessoa, as equipes do Rally da Safra detectaram uma pressão maior de ferrugem asiática nas plantações de soja mais tardia, especialmente no sul do Estado. No entanto, não foram verificadas perdas significativas.

Já em Goiás, mesmo com um plantio no limite da janela, houve melhora, com média estimada de 56,4 sacas por hectare. Piauí, Tocantins e Maranhão, também registraram rendimentos considerados “excelentes” pela Agroconsult, de 55, 54 e 53 sacas por hectare, respectivamente.

As boas produtividades nessas regiões compensaram as perdas no sul. Em Santa Catarina, as lavouras de soja devem render uma média de 58 sacas por hectare, ante 59,7 na safra passada. No Rio Grande do Sul, a média deve ser de 53,7 sacas por hectare, principalmente por causa da seca na região Sul do Estado, que causou quebra de produção.

Outra redução importante de produtividade no campo foi registrada no Paraná, com média estimada em 57,6 sacas por hectare. Na safra passada, foram 62 sacas por hectare. Segundo Andre Pessoa, houve um alongamento do ciclo de desenvolvimento, especialmente no oeste e norte, aumentando a exposição a doenças.

A melhora na produtividade em nível nacional e a estimativa de uma nova safra recorde de soja no Brasil levaram também a uma reversão das expectativas de rentabilidade por parte da Agroconsult. Inicialmente, em meio a uma previsão de safra menor, era esperada uma margem mais apertada, entre R$ 100 e R$ 200 a menos por hectare. Agora, a consultoria acredita que deve ser melhor do que a safra 2016/2017.

Além do melhor resultado no campo, o sojicultor brasileiro foi beneficiado por uma alta nos preços, provocada pela quebra da safra Argentina. Cotações na bolsa de Chicago (CBOT), que estavam em torno de US$ 9,50 por bushel, agora estão em torno de US$ 10,30 em alguns contratos.

“Não é uma margem tão folgada, mas trouxe uma animação no campo para a retomada dos investimentos. E quem precisa pagar conta, vai pagar mais rápido do que imaginava e investir mais cedo do que pretendia”, acredita Pessoa.

Tanto que a Agroconsult espera um aumento de um milhão de hectares na a área plantada com soja na safra 2018/2019. E, diferente de outros anos, em que predominou a substituição de áreas de milho, o aumento deve vir mais de novas áreas abertas, além de conversão pastagens degradadas.

Mercado e exportações

Em relação às exportações, a expectativa da Agroconsult é de embarques de 72 milhões de toneladas de soja neste ano. Em 2017, foram 68 milhões. “Os problemas de logística continuam, mas estão sendo administrados. Não há caos logístico no Brasil. É uma logística cara, mas eficiente”, ressaltou o diretor da consultoria.

Segundo Andre Pessoa, a quebra da safra da Argentina, importante exportador de farelo, deve levar a um maior processamento de soja pelos Estados Unidos, na tentativa de ocupar esse espaço. Assim, a disponibilidade de grão americano para exportação seria menor, levando a um direcionamento de demanda para o brasileiro.

Em relação às tensões entre Estados Unidos e China na área comercial, Pessoa disse não acreditar em uma ruptura significativa no mercado de soja. Segundo ele, o país asiático não pode abrir mão dos volumes de soja que os americanos exportam. E Brasil e Argentina não têm condições de ocupar esse espaço de um ano para outro.

De qualquer forma, ele vê um reflexo positivo dessa situação no mercado brasileiro da oleaginosa. Os prêmios oferecidos estão maiores, em parte pela situação da Argentina e parte por conta da postura do governo Donald Trump em relação aos chineses.

“Se houver uma ruptura, tende a sobrar soja nos Estados Unidos e derrubar o preço. No nosso caso, isso será compensado por demanda e prêmios maiores e podemos ver um descolamento dos preços do mercado brasileiro em relação a Chicago”, analisou Pessoa.

Milho

Neste ano, o Rally da Safra está colocando 12 equipes em campo, percorrendo as principais regiões produtoras do Brasil. Dessas, nove se dedicaram ao levantamento da produção de soja. As três restantes irão visitar as plantações de milho de segunda safra entre maio e junho.

Durante a coletiva, Andre Pessoa disse que a expectativa da consultoria é de uma área de milho segunda safra próxima da registrada no ano passado, em torno de 12 milhões de hectares. Estados como Paraná e Mato Grosso do Sul devem plantar menos, ao contrário de Goiás e Mato Grosso, onde não deve haver redução de área.

Inicialmente, a Agroconsult estima uma queda de 5 milhões a 6 milhões de toneladas na produção de milho safrinha. Mas Andre Pessoa considera possível uma revisão. “Vamos esperar as chuvas de abril. Podemos ter uma surpresa positiva. Já foi surpresa para muitos a área não ter despencado”, disse.

Ao todo, somando verão e safrinha, a produção de milho deve ter uma queda de 11 milhões de toneladas, totalizando 88 milhões de toneladas no ciclo 2017/2018.

Em relação aos preços do cereal, André Pessoa acredita que podem encontrar alguma sustentação nos próximos meses. Nos Estados Unidos, a área de milho deve ser menor que a de soja pela primeira vez na história. As cotações em Chicago podem ficar próximas de US$ 4 por bushel. Além disso, a Argentina também sofreu perdas na produção do cereal.

No Brasil, Pessoa lembrou que parte dos estoques da safra passada, considerados elevados, já está sendo usada para compensar a queda da safra de verão. Com isso, o segundo semestre pode ser de preços mais firmes.

“O desempenho da safrinha pode ter pressão negativa, mas não devemos tirar o olho do mercado internacional. Pode haver sustentação no segundo semestre e tudo indica que teremos facilidade de exportações”, disse ele, que espera embarques de milho brasileiro acima de 30 milhões de toneladas.

Sobre a temporada 2018/2019, Andre Pessoa disse – sem estimar um número – acreditar na continuidade da redução de área de milho verão.

Fonte: Globo Rural

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