Agropecuária | Publicada em 27/12/2017
A safra de cebola está no final em Santa Catarina. Dessa vez, o agricultor enfrenta menos concorrência externa no mercado.
Os barracões estão cheios e a esperança renovada. A colheita da cebola em Santa Catarina está na reta final. A maioria dos produtores não conseguiu repetir o desempenho da safra passada, quando foram colhidas 640 mil toneladas. Este ano, a estimativa é 500 mil toneladas, resultado da redução da área plantada e do clima: a falta de chuva prejudicou o desenvolvimento.
Mas a conquista de uma antiga reivindicação do setor junto à Câmara de Comércio Exterior, deve devolver aos produtores um poder de barganha que não tinham há algum tempo. Uma resolução aumentou de 10% para 25% a taxa de importação da cebola.
O aumento na alíquota de importação acaba com uma disputa que os produtores consideravam desleal. Por conta dos subsídios, a cebola vinda da Europa chegava ao Brasil a R$ 0,75 o quilo, valor que mal paga os custos de produção do que é colhido.
O volume importado varia de 10 mil a 100 mil toneladas por ano, boa parte vem da Holanda.
“A gente estava batalhando para ter 35% de imposto na alíquota de importação da cebola vinda da Holanda, não conseguimos, mas 25% vai dar pra gente respirar”, diz Luiz Carlos Laurindo, presidente da Associação Catarinense dos Produtores de Cebola.
O aumento não é definitivo. Em 2019, a alíquota cai para 20%, em 2020 para 15% e em quatro anos, volta tudo do jeito que estava.
Pelo menos por enquanto, os produtores têm mais tranquilidade na hora de negociar. É o que o produtor Mário Mees está fazendo. Ele está colhendo em torno de 40 toneladas por hectare, sete a menos que na safra passada. Apesar da queda na produção, Mário espera um aumento no lucro. Em 2016, ele recebeu, em média, R$ 0,68 pelo quilo, agora, o valor está em R$ 0,80.
“Dá um alívio muito grande pra nós. Sem isso fica complicado", diz.
Mais de 90% da cebola já foi colhida no estado, que é o maior produtor do país.
Fonte: Globo Rural
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