Agropecuária | Publicada em 10/11/2017
A União Europeia deve se tornar o maior mercado importador pela primeira vez em quatro anos, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. A decisão da UE de reduzir quase pela metade a tarifa de importação de milho também pode incentivar as compras.
"É impressionante ver a importação tão forte", disse Marion Cassagnou, analista da consultoria agrícola Agritel em Paris. "A produção abaixo do previsto no Leste Europeu vai exigir que a UE importe mais milho nesta temporada."
O clima desfavorável em países como Hungria, Eslovênia e Eslováquia deve reduzir a produtividade das lavouras em mais de um quarto nesta temporada, diminuindo a produção total da UE para 58,5 milhões de toneladas, a menor em cinco anos, de acordo com estimativas da Comissão Europeia. Sendo assim, as importações devem aumentar para 16,6 milhões de toneladas, o maior volume desde que os dados começaram a ser apurados, em 2000, segundo relatório divulgado no mês passado pelo IGC.
O Brasil é o maior fornecedor, com participação ao redor de 58 por cento até o dia 1º de novembro, segundo a Comissão Europeia. Essa parcela pode aumentar porque o milho brasileiro está barato em relação ao europeu, disse Cassagnou.
Os fazendeiros brasileiros são ajudados pelos problemas dos rivais na Ucrânia, que enfrentam atrasos na colheita e queda da produtividade. O IGC subiu a projeção para as exportações brasileiras em 3 por cento para 33,3 milhões de toneladas no relatório mais recente.
A produção mundial deve aumentar para 1,03 bilhão de toneladas neste ano, puxada pelos EUA, segundo o IGC, que ampliou sua estimativa em 0,5 por cento.
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