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Quem perde e quem ganha na exportação de carne de frango
Agropecuária | Publicada em 07/06/2017
Comparativamente ao mesmo período de 2016, no primeiro quadrimestre de 2017 o mercado internacional de carne de frango atendido conjuntamente pelos dois maiores exportadores mundiais, Brasil e EUA, permaneceu em relativa estabilidade, recuando apenas 0,31%. Ou, detalhando, passou de 2,280 milhões de toneladas há um ano para 2,273 milhões de toneladas no corrente exercício – pouco mais de 7 mil toneladas a menos.
Mas não é isso que se observa na análise dos embarques efetuados isoladamente pelos dois países. Pois enquanto o Brasil viu suas exportações retrocederem 4,43%, os EUA – com os embarques em lenta, porém firme recuperação desde meados do ano passado – aumentou suas vendas externas em 5,37%.
Nesta análise, porém, é oportuno ir além da variação relativa e avaliar também o volume físico exportado a menos ou a mais por um e outro país. E a constatação é a de que esses volumes foram muito similares entre si.
Ou seja: a redução de 4,43% nas exportações brasileiras implicou em uma perda de 58.580 toneladas. E o aumento de 5,37% dos EUA correspondeu a um adicional de 51.505 toneladas, 88% do que o Brasil deixou de exportar.
Parte das perdas brasileiras pode ser atribuída aos reflexos externos da Operação Carne Fraca. Mas são devidas, também, à recuperação de mercado que os EUA vêm registrando há algum tempo.
Por sinal, isso fica bem mais claro quando se avalia o desempenho dos dois países sob o ângulo do volume acumulado em períodos de 12 meses: a relação é, praticamente, inversamente proporcional (gráficos abaixo, à direita).
Exemplificando, o máximo acumulado pelo Brasil em 12 meses – 4,153 milhões de toneladas – foi registrado no mesmo mês em que os EUA registraram o menor volume dos três anos analisados – 2,796 milhões de toneladas. Isso foi registrado há exatamente um ano, em junho de 2016.
Fonte: Avisite
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