Agropecuária | Publicada em 05/05/2017
A área colhida com cana-de-açúcar destinada à usinas no Brasil será menor na safra 2017/18, estimou ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão é de que uma redução de 4,5% na área de São Paulo, para 4,56 milhões de hectares, puxará a baixa nacional. Em relatório, a estatal explica que o maior produtor brasileiro foi prejudicado pelo volume de empresas em recuperação judicial, afetadas pelas oscilações nas cotações do açúcar, baixa competitividade dos preços internos do etanol, além do clima adversos em safras anteriores. Segundo a estimativa da Conab, a área total colhida para usinas de álcool na safra 2017/18 deverá atingir 8,84 milhões de hectares, retração de 2,3% sobre o exercício anterior. A Região Centro-Sul deve registrar baixa de 2,8%, para 7,9 milhões de hectares. Em Goiás, segundo produtor nacional, as áreas de expansão para a cultura estão a cada safra se tornando mais escassas, principalmente aquelas próximas às usinas de esmagamento. O estado deve atingir 939,7 mil hectares de área plantada na temporada 2017/18, 2,4% menor sobre a safra anterior. "No entanto, nas áreas onde se observa a renovação, essa prática está sendo realizada com a utilização de novas variedades, mais resistentes a pragas e doenças, além de mais produtivas", acrescentou a estatal, em relatório. Produtividade A produtividade estimada para a temporada 2017/18 é de 73.273 kg/ha, alta de 0,9% frente ao ciclo passado. A expectativa se deve a recuperação das lavouras na Região Norte-Nordeste (9,1%) e em menor escala na Região Centro-Sul, principal produtora nacional (0,4%), em comparação com o observado na safra passada. A produção de cana-de-açúcar 2017/18 deve cair 1,5% em relação à safra 2016/17, a 647,6 milhões de toneladas. A safra 2016/2017 foi de 657,18 milhões de toneladas. "Mesmo com a expectativa de melhoria das condições climáticas para esta safra, a intensidade na redução de área, observada nos principais estados produtores da Região Centro-Sul, será responsável pela expectativa de menor produção, quando se compara com o período anterior", aponta a estatal em nota. Na visão da estatal, a produção de açúcar do Centro-Sul não deverá cair na mesma proporção que a moagem de cana, "indicando que o foco das usinas seguirá nos bons preços do adoçante" no externo. A produção de açúcar da região deverá atingir 35,47 milhões de toneladas em 2017/18, praticamente estável ante as 35,58 milhões de toneladas no ciclo 2016/17. "O preço do açúcar no exterior continuará elevando a representatividade do produto no setor sucroalcooleiro ". Fonte: DCI
Feiras |
Sustentabilidade |