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Retomada da exportação de carne deve reequilibrar oferta e demanda, diz analista

Agropecuária | Publicada em 27/03/2017

A retirada de alguns embargos impostos à carne brasileira, por parte da China, Chile e Egito, anunciados no último fim de semana, é positiva para restaurar a confiabilidade do produto brasileiro no exterior e para equilibrar o quadro de oferta e demanda no mercado interno. Esta é a opinião do analista Cesar de Castro Alves, da consultoria MB Agro.

“Resolve muitos problemas, porque há uma preocupação muito grande. Com os embargos retirados, a situação tende a melhorar”, resume.

O governo brasileiro informou a retirada dos embargos no fim de semana. Os três países estavam em uma lista de países que tinham imposto restrições por causa da Operação Carne Fraca, que investiga suspeitas de corrupção na análise de produtos de frigoríficos com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Os chineses tinham retido nos portos cargas de 65 plantas industriais, conforme o Ministério da Agricultura (Mapa). Um embargo total seria a interrupção das vendas para um mercado que em 2016 rendeu US$ 705,9 milhões e no primeiro bimestre deste ano US$ 137,4 milhões aos exportadores de carne bovina nas contas da associação que representa a indústria (Abiec).

Na carne suína, as compras da China vinham trazendo resultados considerados animadores pela indústria. No primeiro bimestre deste ano, o volume mais que dobrou em relação ao intervalo de janeiro e fevereiro de 2016 (+136%). Foram 10,6 mil toneladas, de acordo com a entidade representativa do setor (ABPA).

“A China tem um impacto muito importante nas exportações de bovino e suíno. Com eles resolvendo a questão do embargo, outros países vão seguir”, analisa Alves, considerando, no entanto, a possibilidade dos negociadores chineses barganharem preços menores.

Ainda segundo o Mapa, Chile e Egito tinham anunciado suspensões temporárias de importações até que o governo brasileiro prestasse os esclarecimentos necessários às autoridades dos dois países. As restrições só permanecem para os 21 frigoríficos citados na investigação e colocados sob regime especial de auditoria pelo governo brasileiro.

Oferta e demanda

Mas a liberação das importações de carne brasileira ainda não é unanimidade entre países que solicitaram esclarecimentos ao Brasil. Outros mercados considerados importantes, como Arábia Saudita, União Europeia, Hong Kong e Emirados Árabes mantêm restrições ao produto.

Já países como Estados Unidos não impuseram embargos, mas anunciaram reforço nos procedimentos de inspeção de mercadorias. Na listagem publicada pelo Ministério da Agricultura, atualizada até o último sábado (25/3), consta também que países como Israel e Rússia pediram ao Brasil mais informações a respeito de unidades exportadores.

A permanência de restrições à carne brasileira traz incertezas também para o mercado interno. A redução das exportações tende a interferir no quadro interno de oferta e demanda doméstica.

Cesar de Castro Alves acredita que a tendência é de queda nos preços, especialmente da carne bovina. Não apenas pela maior disponibilidade doméstica, mas também para tentar recuperar um consumo que já vinha em ritmo mais lento em função da crise econômica e dos valores mais elevados ao consumidor.

Para os produtores, os preços pagos já vêm sofrendo redução. O indicador para o boi gordo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) caiu de R$ 145 para R$ 141 por arroba, em média, só na semana passada. No mês, a desvalorização acumulada é de 2,68%.

“A tendência acaba sendo um preço menor ao produtor. Mas toda essa diferença na arroba dificilmente chega ao consumidor”, explica Alves.

As carnes de frango e de suíno ainda encontram algum suporte em função do ritmo das exportações no primeiro bimestre do ano, diz o analista. O quadro atual indica um equilíbrio entre oferta e demanda, mas, havendo excesso de oferta no mercado interno, os valores ficam mais baixos.

“O preço para o consumidor no interno pode cair, mas a retomada das exportações traz equilíbrio ao quadro de oferta e demanda”, acrescenta.

De outro lado, o custo para a indústria de frango e suíno também deve diminuir, ressalta Alves. A expectativa de uma produção maior na segunda safra de milho pressiona para baixo os preços do cereal que é o principal insumo usado na alimentação dos planteis.

Fonte: Revista Globo Rural

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