Ações da JBS e da BRF caem mais de 7% após operação Carne Fraca
Agropecuária | Publicada em 17/03/2017
A Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira, 17, pela Polícia Federal, mexe com as ações de duas das principais empresas citadas: JBS e BRF. Profissionais do mercado creditam as perdas nas ações à imagem das empresas, já que a operação tem como foco à corrupção de agentes públicos federais e crimes contra a saúde pública. Eles lembram que as empresas já haviam reportado resultados mais fracos referentes a 2016.
As ações ON da JBS caem 7,59% e as da BRF recuam 7,50%. Papéis de outras empresas, não citadas, também recuam, mas em menor intensidade. Marfrig ON cai 1,57% e, fora do Ibovespa, Minerva ON tem baixa de 3,01%. O Ibovespa recua 0,46%, aos 65.481 pontos.
"Acredito que o principal vetor negativo (para as ações) é em termos de imagem, por conta da grande participação das companhias no mercado brasileiro e diante das divulgações hoje de vendas de produtos vencidos, fora das especificidades e manipulações indevidas, com agravantes de descaso com saúde pública", comentou um operador, que pediu para não ser identificado.
Leia a notícia na íntegra no site do Estadão.
No InfoMoney: JBS e BRF desabam 5% com Operação da PF; Kroton e Estácio caem até 3% com escândalo sobre fusão
Frigoríficos As ações da JBS (JBSS3, R$ 11,40, 4,92%) e BRF (BRFS3, R$ 38,26, 4,25%) desabam na Bolsa, após a Polícia Federal deflagrar nesta manhã a operação "Carne Fraca", cumprindo mais de 300 mandados judiciais em 7 estados federativos: São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. São 27 mandados de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. Tratase da maior operação da história da PF, com 1.100 policiais mobilizados.
A ação investiga envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. Segundo jornais, alguns dos principais frigoríficos do país estão entre os alvos, como JBS, BRF e Seara. Entre os presos estão executivos da BRF como Roney Nogueira dos Santos, gerente de relações institucionais e governamentais, e André Baldissera, diretor da BRF para o CentroOeste, informa a Folha. Já segundo o Estadão, executivos do frigorífico JBS foram presos. À Bloomberg, a JBS informou que não houve mandado na sede da companhia e que não há informação sobre a prisão de executivos da companhia.