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PIB do agronegócio paulista deve crescer 7,2%, em prévia de 2016

Agropecuária | Publicada em 06/03/2017

O PIB do agronegócio do Estado de São Paulo deve fechar 2016 com resultado de R$ 277 bilhões, crescimento de 7,2% no período. A projeção é do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, que considera os dados disponíveis até outubro.

O presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, destaca a importância do bom desempenho do agronegócio paulista. “Depois de dois anos de retração da economia brasileira, os bons ventos do campo serão importantes para empurrar nossa economia rumo à retomada do crescimento e criação de empregos”, disse.

Skaf explica que o crescimento estimado de 7,2% para o PIB do agronegócio de São Paulo em 2016 é resultado de uma combinação muito positiva de fatores, como o bom desempenho dos setores de açúcar e álcool e da laranja, atividades em que o Estado é líder na produção, aliado à recuperação da confiança do produtor a partir do segundo trimestre do ano passado, como consequência do novo cenário político.

“Confiante no seu negócio e mais seguro em relação à economia brasileira, o produtor paulista investiu mais na produção, gerando benefícios para as indústrias e serviços ligados à atividade”, afirmou o presidente da Fiesp e do Ciesp.

O PIB do agronegócio é calculado a partir da soma do valor agregado pelas “indústrias antes da porteira da fazenda” ou de insumos agropecuários, com participação de 5%; pela atividade “dentro da porteira” ou agropecuária, com 11%; pelas indústrias “depois da porteira”, preponderantemente as de alimentos, com 41%, e pelos serviços diretamente ligados ao agronegócio, com 43%.

A atividade primária, “dentro da porteira”, impulsionou o resultado agregado. Apesar de deter apenas 11% de participação na formação do PIB, apresentou expressiva alta, de 19%, em relação a 2015. Neste caso, os destaques foram as culturas da cana-de-açúcar e da laranja, em que o Estado representa 57% e 73%, respectivamente, de todo o volume produzido no Brasil.
“Essas atividades foram beneficiadas por uma conjuntura global de retração da oferta, resultando em elevação dos preços ao produtor, em um cenário que também favoreceu o setor de insumos agropecuários”, aponta Antônio Carlos Costa, gerente do Deagro.

As culturas do café, soja, milho, banana, batata, amendoim, feijão e uva tiveram um bom ano e, da mesma forma, contribuíram com o forte crescimento do setor primário.
Em relação ao elo “antes da porteira”, o crescimento esperado é de 3,1%, com destaque positivo aos insumos da pecuária (8,5%), influenciado pela indústria de nutrição animal, que deve apresentar boa evolução no faturamento real. Já os insumos agrícolas ficaram estagnados, pois se por um lado algumas indústrias apresentaram bom desempenho, como a de fertilizantes, por outro, as de máquinas e equipamentos tiveram nova retração em 2016.

“É bom lembrar que a partir do segundo semestre de 2016, com a retomada da confiança do produtor agrícola, o cenário negativo para essa indústria foi amenizado, o que gera uma expectativa positiva para 2017. Além disso, a queda mais acentuada da taxa de juros pode potencializar a recuperação esperada”, destaca Costa.

Quanto às indústrias “depois da porteira da fazenda”, a estimativa é de um avanço de 5,7% sobre 2015. Foram observados crescimentos nas indústrias de café, óleo de soja, etanol e açúcar, sendo este último o grande destaque.

O forte desequilíbrio no quadro de suprimentos global de açúcar, com quebras de safras ocorridas em 2015 em países como Índia, União Europeia e Tailândia, contribuíram para o decréscimo da disponibilidade da commodity no mercado mundial. No Brasil, vários fatores fizeram com que a safra anterior fosse mais alcooleira, fato que combinado ao excesso de umidade na colheita, contribuiu para que o preço atingisse patamares elevados, observados pela última vez em meados de 2012. Na contramão, os setores de celulose, têxtil e vestuário, e produtos e móveis de madeira pesaram negativamente para o resultado.


pesaram negativamente para o resultado.Gráfico Agronegócio SP (Foto: Reprodução)

Resultado por Segmento
Insumos (Antes da Porteira): crescimento previsto de +3,1% no ano.
Insumos agrícolas: +0,2% esperado para o ano.
Insumos pecuários: elevação de 8,5%.

- Máquinas e equipamentos agropecuários exerceram impacto negativo no segmento. A baixa se deve ao recuo da produção, ainda que os preços reais também tenham caído. A melhora na confiança do produtor pode beneficiar o quadro para 2017.
- As indústrias de fertilizantes, defensivos e rações impulsionaram o PIB do segmento. Para fertilizantes, o recorde nas entregas contribuiu para o bom resultado. A recuperação do setor sucroenergético e de laranja influenciaram positivamente essas indústrias no Estado.

Básico (Dentro da Porteira): incremento previsto de 19% no ano.
Básico agrícola: foi destaque na parcial de 2016, com alta prevista de 24%. As principais influências positivas no PIB do segmento foram: batata, café, cana, laranja, milho e soja, enquanto o tomate teve influência negativa.

- No caso da cana, a maior produção decorreu de aumentos de área e produtividade. Essa expansão é um indicativo de uma possível reversão do quadro crítico das últimas safras, quando a atividade vinha enfrentando dificuldades expressivas. Os preços favoráveis do açúcar impactarão favoravelmente a produção agrícola.
- Quanto à laranja, os preços impulsionaram o faturamento. A menor oferta nesta safra e a previsão de baixos estoques de suco na indústria para o fim da temporada influenciaram a elevação.
Básico pecuária: deverá crescer 4,2% no ano. Foram determinantes os resultados de aves, leite e ovos. Já a bovinocultura de corte acumulou baixas no período.
- No caso dos ovos, preços e produção em alta elevaram o faturamento. Para as cotações, a alta decorreu dos repasses dos custos de produção ao comprador atacadista/varejista. Este, por sua vez, manteve o volume de compras mesmo em valores maiores, diante de uma demanda aquecida.
- Para a avicultura de corte, a alta nos preços atrelou-se ao maior volume de exportação. Além disso, houve algum repasse de parte dos custos de produção ao preço do animal vivo. Vale ressaltar que este fato não impediu que os integradores de aves apresentassem margens negativas durante o primeiro semestre, situação semelhante à suinocultura.

Agroindústria (Depois da Porteira): Aumento previsto de +5,7% em 2016.
Indústria agrícola: estima-se elevação de 6,3%. Na média, o resultado atrelou-se aos maiores preços reais, visto que a produção estadual recuou. Apresentaram alta de faturamento: café, óleo de soja, açúcar, etanol e celulose; e acumularam baixas: fabricação de produtos amiláceos, fabricação de bebidas, indústria têxtil e de vestuário, indústria de madeira e mobiliário e fabricação de papel.
- A indústria açucareira apresentou a expansão mais acentuada de faturamento, impulsionada por incrementos na produção e elevação de preços. Os elevados preços internos estão atrelados, especialmente, às altas no mercado internacional, que, por sua vez, vêm sendo influenciadas por quebras na safra global da commodity.
- Para a indústria de celulose, os preços recuaram ao longo do primeiro semestre, mas ainda estiveram superiores aos no mesmo período de 2015. A retração no mercado interno ocorreu por conta da redução dos valores internacionais ao longo dos seis primeiros meses do ano.
Indústria da pecuária: deverá crescer 1,6% no ano.

- Para o abate bovino, o cenário foi marcado por menores preços e produção. Para as cotações, ainda que a média do semestre tenha sido inferior à do mesmo período de 2015, não houve recuo ao longo de 2016. Inclusive, diante da menor oferta interna, observou-se alta das cotações em fevereiro e março.
- No caso dos derivados lácteos, a expansão do faturamento decorre da expressiva elevação de 17,7% nos preços, visto que a produção recuou 1,5% no estado. No caso das cotações, seguindo o movimento do preço do leite pago ao produtor, a elevação nos preços dos derivados relacionou-se à menor produção de matéria-prima.

Fonte: Por Estúdio Globo (Publieditorial)

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