O açúcar é um dos que têm um ritmo mais fraco. A média das toneladas exportadas por dia útil deste mês é 41% inferior à de fevereiro de 2016.
Se for mantido esse ritmo, as exportações de açúcar em bruto ficarão próximas de 1,3 milhão de toneladas, ante 2,3 milhões em 2016. As receitas, mesmo com os preços médios em alta, recuam.
A celulose, que vinha com volumes crescentes de vendas, também perde ritmo. Os dados da Secex apontam queda de 49% neste mês em relação a igual período de 2016.

O mesmo ocorre com as vendas de milho, produto que tem estoque baixo, enquanto a safra recorde estimada não chega ao mercado.
Na contramão, as exportações de carne suína mantêm o bom ritmo do ano passado. O volume médio destinado ao exterior é 21% maior neste mês do que em 2016.
A soja é outro produto que começa a ganhar o caminho dos portos. Com a aceleração da colheita, as exportações deverão atingir 2,2 milhões de toneladas neste mês, 19% mais do que em 2016.
Produção agropecuária renderá R$ 595 bilhões
Lavoura e pecuária seguem caminhos contrários neste ano. Enquanto o valor da produção agrícola cresce, o das proteínas cai, aponta o Ministério da Agricultura.
As lavouras vão render R$ 364,5 bilhões, 5,6% mais do que no ano passado. Já as proteínas terão um valor de produção de R$ 181,4 bilhões, com recuo de 2,2% ante 2016.
A soja se mantém, de longe, o principal destaque da produção agrícola, gerando receitas de R$ 123 bilhões. Na pecuária, a liderança é da bovinocultura, que soma R$ 72 bilhões. O VBP total de 2017 atingirá R$ 595 bilhões.
Safra mais forte de soja deve gerar receita recorde
As contínuas revisões de safra de soja resultam também em novas avaliações das receitas que o país vai obter neste ano com as exportações. As novas estimativas da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) apontam para um valor recorde.
Com os preços de Paranaguá próximos a US$ 398 por tonelada, a exportação brasileira pode render US$ 29,2 bilhões, segundo estimativas da associação. As maiores receitas virão das vendas externas dos 58,7 milhões de toneladas de grãos, que devem render US$ 22,9 bilhões.
Fonte: Folha de S. Paulo