Varejo em SP prevê faturamento estagnado e retomada lenta
Agropecuária | Publicada em 27/01/2017
O varejo paulistano aposta que 2017 será que o ano em que o faturamento do setor vai parar de cair, mas a recuperação vai ser lenta.
A Federação de Comércio de São Paulo calcula que o setor vá faturar R$ 181 bilhões neste ano, cifra equivalente à obtida no ano passado.
"Pelo menos paramos de cair. A partir de agora, vai ser uma evolução muito lenta", diz Guilherme Dietze, economista da entidade.
A estabilização da inflação e a redução da taxa básica de juros pelo Banco Central são os sinais que animam o setor, na expectativa de que os bancos voltem a liberar crédito, impulsionando o consumo.
Esses efeitos, contudo, devem começar a ser sentidos apenas no segundo semestre. "No curto prazo, o impacto é mínimo. Por mais que você reduza os juros do cartão de crédito de 480% ao ano para 400%, esse patamar ainda é muito alto", afirma.
Os juros altos e a escassez de crédito afetam sobretudo o comércio de bens de consumo duráveis, como automóveis, cuja compra em geral exige financiamento. Esse segmento deve ser o último a se recuperar, prevê a Fecomercio.