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Governo Federal libera recursos de pré-custeio, mas eleva taxa de juros
Agropecuária | Publicada em 25/01/2017
Ele argumentou que o agronegócio, por ser um setor que sustenta o país, só precisa de financiamento. Os recursos, oriundos de captações da poupança rural e de depósitos à vista, serão liberados pelo Banco do Brasil. Os médios produtores terão acesso à linha de crédito por meio do Pronamp (Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais). As taxas serão de 8,5% ao ano, com limite de financiamento de R$ 780 mil.
Os encargos para os demais produtores serão de 9,5% ao ano, enquanto o teto será de R$ 1,32 milhão por beneficiário. “Esperávamos que a taxa de juros praticada fosse mantida, uma vez que a Selic, balizadora dos juros, já caiu na última reunião do Copom e há tendência de novas quedas. Mas isso não ocorreu”, disse a coordenadora da Assessoria Técnica da FAEMG, Aline Veloso. Segundo ela, os recursos de pré-custeio são importantes para auxiliar o produtor no planejamento de suas atividades na propriedade rural e na compra antecipada de insumos necessários às lavouras que serão plantadas em meados do 2º semestre.
Aline diz que na safra passada, apesar do anúncio da liberação de R$ 10 bilhões, os produtores tiveram problemas para ter acesso ao crédito, por causa do excesso de burocracia: “No ano passado, nem todos que pleitearam, conseguiram o recurso, que foi liberado a conta-gotas, dando conta de que não havia funding para a ação. Outras mudanças necessárias são em relação à flexibilização das garantias e à desburocratização do processo de análise dos projetos, caso sejam necessários, pois o produtor necessita dos recursos para tocar a propriedade”.
Uma das recomendações da coordenadora da Astec da FAEMG aos produtores rurais é que eles fiquem atentos quanto à tentativa de venda casada no momento de se contratar o pré-custeio: “Apesar de os bancos tentarem sempre atrelar a venda de outros produtos à concessão do crédito rural, esta é uma prática ilegal. O produtor precisa ter muito cuidado com isto e ler atentamente as cláusulas do contrato antes de assiná-lo”.
Fonte: FAEMG
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