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SUÍNOS/RETRO: Exportação recorde não garante bom desempenho do setor em 2016

Agropecuária | Publicada em 10/01/2017

O ano de 2016 foi desafiador para a suinocultura brasileira, segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Ainda que as exportações brasileiras de carne suína tenham registrado volumes recordes – e agentes esperam resultados ainda melhores neste ano –, o mercado doméstico enfraquecido limitou o desempenho do setor. Além disso, o significativo aumento nos custos de produção, devido, especialmente, ao patamar recorde do milho, também prejudicou fortemente a produção suinícola.

A crise econômica brasileira diminuiu o poder de compra da população, que restringiu o consumo, de maneira geral. Apesar de mais competitiva frente às concorrentes bovina e de frango, a carne suína não é a preferida do consumidor brasileiro, que, em momentos de crises, muitas vezes opta pelos cortes bovinos de segunda e carne de aves.

Na maior parte do ano, especialmente no primeiro semestre, o aumento nos custos esteve muito superior ao verificado nos preços dos animais vivos e da carne. Em dezembro/16, a situação esteve um pouco mais favorável ao suinocultor. O preço médio da saca de 60 kg do milho, de R$ 37,84, esteve 8,79% acima do de dezembro/15, em termos nominais, na região de Campinas (SP). Para o animal vivo negociado na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), a média de dezembro foi de R$ 4,52/kg, superando em 7,89% a de dez/15, Quanto à carne, o preço médio da carcaça especial negociada no atacado da Grande São Paulo foi de R$ 7,11/kg no último mês de 2016, aumento nominal de 10,06% frente à média do mesmo mês de 2015.

Os custos de produção animal aumentaram consideravelmente em 2016, especialmente por conta das altas cotações do milho. Segundo a Equipe Grãos/Cepea, a saca de 60 kg do cereal atingiu média de R$ 53,36 em junho, na região de Campinas, patamar recorde e que prejudicou produtores e agroindústrias integradoras. Essa alta esteve atrelada à quebra de safra nacional e ao forte ritmo das exportações do milho no primeiro semestre. De janeiro a junho, o Brasil exportou 12,3 milhões de toneladas do cereal, bem acima das 5,3 milhões de toneladas embarcadas no mesmo período de 2015.

No segundo semestre, a solução de agroindústrias e cooperativas foi a importação do milho, especialmente de países vizinhos como Argentina e Paraguai. De julho a novembro, as compras do Brasil somaram 1,92 milhão de toneladas, sendo 929 mil toneladas do cereal argentino e 991 mil toneladas, paraguaio. Em novembro, as importações atingiram recorde, de 547 mil toneladas.

Nesse cenário, suinocultores e integradoras reduziram o alojamento de animais, especialmente os produtores independentes que estavam descapitalizados com os preços baixos recebidos pelo vivo. Dados do Mapa apontam que o abate de matrizes cresceu 18% em frigoríficos com SIF (Sistema de Inspeção Federal) no primeiro semestre de 2016 em relação aos seis primeiros meses de 2015. O pico de abates dentro do SIF ocorreu em março/16, de 33,1 mil fêmeas, se mantendo elevado nos meses seguintes.

EXPORTAÇÕES –
As exportações brasileiras atingiram volumes recordes em 2016, ajudando a enxugar a oferta doméstica. De janeiro a dezembro, foram embarcadas 628,7 mil toneladas de carne suína in natura, quantidade 33% maior que a do mesmo período de 2015. A receita arrecadada foi de US$ 1,3 bilhão no acumulado deste ano, 15,5% a mais que no mesmo período de 2015. Em Real, o aumento foi de 17,6%, totalizando R$ 4,6 bilhões até dezembro de 2016.

O destaque no ano foi a China, que adquiriu 81,8 mil toneladas da carne brasileira, 76,6 mil a mais que em todo 2015. A produção chinesa de suínos vinha recuando e inflacionando os preços da carne naquele mercado, o que fez com que o país asiático aumentasse as importações, inclusive do produto brasileiro.


Análise retrospectiva sobre o setor suinícola elaborada pelo Cepea.
Equipe: Dr. Sergio De Zen, Msc. Camila Brito Ortelan, Regina Mazzini Rodrigues Biscalchin, Marcos Debatin Iguma, Beatriz Uemura Souza, Claudia Scarpelin, Fernando Crevelário, Luiz Gustavo Susumu Tutui, Pedro Silvestre de Lima, Priscila Morgado de Moura, Renato Prodoximo e Victor Shin Kamiguchi.
Contato: cepea@usp.br
Fonte: CEPEA

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