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Diferença de preço entre café conilon e arábica cai para R$ 0,25
Agropecuária | Publicada em 20/10/2016
A elevação de preços do café conilon no mercado brasileiro deixa cada vez mais estreito o diferencial de preços em relação ao arábica, o mais produzido pelos cafezais do país. Os indicadores medidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), apontaram que a saca de 60 quilos das duas variedades está valendo quase a mesma coisa no mercado nacional.
Nesta quarta-feira (19/10), a referência da instituição para o arábica, com base no Estado de São Paulo, registrou média de R$ 512,61 a saca. A do conilon fechou a R$ 512,36. O valor do segundo corresponde a 99,95% do primeiro, tornando praticamente nulo um diferencial que já estava bem acima da média histórica calculada com base nos números do próprio Cepea, de 67,89%.
Perdas ocorridas no Espírito Santo - referência para o indicador do Cepea - concentram as explicações para o atual ciclo de preços. Em função de condições climáticas desfavoráveis, o IBGE estima uma produção 32,4% menor, de 304,165 mil toneladas ou 5,069 milhões de sacas no principal Estado produtor do conilon no Brasil.
Desde o início de outubro, a variedade acumula uma valorização de 11,47% de acordo com a instituição. A continuar o atual ritmo, com sucessivos recordes, será o sétimo mês seguido de elevação nos preços domésticos do robusta, que compõe parcela importante dos blends que chegam ao consumidor pelo varejo.
No mercado internacional, o cenário também é de valorização. Entre os dias 5 e 19 de outubro, o indicador da Organização Internacional do Café (OIC) para o robusta acumula alta de 6,14%. O valor passou de US$ 0,9898 para US$ 1,0506 por libra peso.
A ponderação é feita com base em informações diárias dos principais mercados consumidores – Estados Unidos e União Europeia – sobre cafés cultivados em países como Uganda, Indonésia, Costa do Marfim e o Vietnã, maior produtor da variedade e segundo maior ofertante global de café.
Fonte: Revista Globo Rural
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