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Cafeicultura global é prejudicada por falta de investimento, diz OIC
Agropecuária | Publicada em 21/09/2016
O setor global de café tem sido prejudicado pela falta de investimentos tanto no curto quando no longo prazo, algo que pode se refletir na oferta da commodity no futuro, avaliou nesta quarta-feira (21/9) a chefe de operações da Organização Internacional do Café (OIC), Marcela Urueña. Palestrando em um fórum promovido pela própria OIC em Londres, ela destacou que o preço médio da commodity entre 2005 e 2015 ficou abaixo do observado na década imediatamente anterior.
Por essa razão, a receita dos produtores caiu, assim como os investimentos. Marcela explicou que, no curto prazo, os cafeicultores deixaram de investir em insumos e fertilizantes. No que tange ao longo prazo, os investimentos foram cortados em manutenção e renovação das lavouras.
No mesmo evento, o presidente regional do Promecafe, Rene Leon, afirmou que o café está se mostrando pouco lucrativo na América Central, de modo que os produtores estão trocando a commodity por outras culturas. O Promecafe é uma cooperativa para modernização e tecnologia no setor cafeeiro.
Conforme Leon, alguns cafeicultores estão migrando para o milho. Outros, em especial os mais jovens, estão simplesmente abandonando as lavouras e indo para as zonas urbanas.
Brasil
A safra 2016/2017 de café no Brasil deverá atingir 55 milhões de sacas, recuperando-se após uma produção de aproximadamente 50 milhões de sacas em 2015/16, projetou nesta quarta-feira (21/9) a Organização Internacional do Café (OIC). O consumo doméstico para o próximo ciclo está estimado pela entidade em 20,5 milhões de sacas.
Fonte: Estadão Conteúdo
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