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Milho: INTL FCStone reduz previsão de 2ª safra 2015/2016 para 47,3 milhões de t
Agropecuária | Publicada em 08/07/2016
A consultoria INTL FCStone revisou para baixo sua estimativa de produção brasileira de milho segunda safra em 2015/16, para 47,3 milhões de toneladas, ante o volume de 49,4 milhões de t estimado em junho, de acordo com nota divulgada nesta quinta-feira. A seca verificada em abril em Estados do Centro-Oeste levou a novos cortes na previsão de produtividade, explicou a analista de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi. "Produtores reportam, inclusive, algumas áreas onde não vale a pena nem realizar a colheita", disse Ana Luiza.
Pelos cálculos da INTL FCStone, a maior parte do recuo na produção de milho de inverno, 93%, corresponde às perdas em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Em Mato Grosso do Sul, o rendimento médio nas lavouras foi revisado para 4,34 toneladas por hectare agora, ante a previsão de 4,84 t/ha de junho. Em Mato Grosso, a projeção é de produtividade média de 4,92 t/ha, ante 5,12 t/ha estimadas no mês passado; em Goiás, a previsão é de 4,32 t/ha, contra 4,70 t/ha em junho. Por outro lado, o relatório revisou para cima a estimativa de área plantada com a safrinha, para 10,19 milhões de hectares. Em junho, a INTL FCStone previa 10,09 milhões de hectares cultivados. "Estados não tão tradicionais na produção de milho de inverno, como Minas Gerais e São Paulo, apostaram mais na cultura", destacou Ana Luiza.
Além da revisão na previsão de segunda safra, a consultoria também revisou para baixo sua previsão de produção total brasileira de milho para 74 milhões de toneladas no ciclo 2015/16, ante 76,64 milhões de t apontadas no mês passado. De 49,4 milhões de toneladas para 47,3 milhões de toneladas, a consultoria também cortou a sua estimativa de produção de milho na safra de verão para 26,67 milhões de toneladas, contra 27,24 milhões de t em junho. A menor produção em primeira safra reflete o ajuste na produtividade média para 4,77 toneladas por hectare, ante 4,87 t/ha estimadas em junho. O maior recuo de rendimento, de acordo com a consultoria, foi registrado no Matopiba (região que abrange parte do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), em função de clima desfavorável.
A INTL FCStone informou também que a previsão de exportações no ciclo 2015/16 foi reduzida para 20 milhões de toneladas, em reação à quebra de safra, uma vez que mais produto deve ser direcionado para o mercado interno. A consultoria sinalizou que novos cortes poderão ocorrer no futuro. A estimativa de consumo interno também foi reduzida, segundo a INTL FCStone. "Neste cenário, os estoques finais ficariam em 3,9 milhões de toneladas, um volume ainda mais baixo que em anos anteriores", analisou Ana Luiza.
Fonte: Estadão Conteúdo
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