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Governo deve oferecer recursos 'extra-teto' em novo Plano Safra, afirma Famato
Agropecuária | Publicada em 30/06/2016
O novo Plano Safra 2016/2017, que entra em vigor na sexta-feira, 1º de julho, deve atender recursos para o chamado "extra-teto", segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato). Em nota, a instituição afirma que este é um pleito dos produtores rurais de Mato Grosso, e que corresponde, dentro do Plano Safra, ao volume de recursos cedido acima do limite por CPF no custeio.
O assunto foi discutido pelo presidente da Famato, Rui Prado, durante visita realizada na terça-feira (28/6) ao Ministério da Agricultura. Ele pleiteou também a reavaliação dos preços mínimos para as culturas produzidas pelo Estado. Ainda de acordo com a Famato, Prado foi recebido pelo ministro Blairo Maggi e pelo secretário de Política Agrícola do ministério, Neri Geller."Sabemos que os limites de crédito para custeio por CPF não abrangem uma boa parte dos produtores de Mato Grosso. Então, pedimos, e o governo acenou positivamente, a volta dos recursos chamados de extra-teto", afirmou Prado, na nota.
Esses são recursos com juros mais elevados, nos quais o montante ser financiado varia de acordo com a negociação com o agente financeiro. Para o extra-teto, o juro é de 12,5% e o limite por CPF será de R$ 1,32 milhão no novo plano, diz a Famato. Acima deve valor limite, o acesso é ao extra-teto.
Quanto aos preços mínimos, no caso do milho, por exemplo, o mínimo hoje em Mato Grosso é de R$ 13,56 a saca de 60 kg e, segundo a Famato, o pleiteado pelo setor é de R$ 18,09 a saca. Na terça-feira, no entanto, Geller, confirmou ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) que o governo vai reajustar o preço mínimo do milho em Mato Grosso e em Rondônia para R$ 16,50 a saca na safra 2016/17.
O reajuste de 20,9% ainda depende do aval do Conselho Monetário Nacional (CMN).Outro pedido apresentado, mas que não obteve resposta positiva do governo federal, foi quanto à subvenção ao prêmio do seguro rural. Prado ponderou sobre a necessidade de os recursos do Plano Safra serem liberados na data prevista, a partir da próxima sexta-feira, tendo em vista que, caso haja atraso, a produção agropecuária pode ficar comprometida, elevando os preços.
Fonte: Estadão Conteúdo
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