Notícias
Temer defende governo de “salvação nacional” para Brasil superar crise
Agropecuária | Publicada em 13/05/2016
O presidente da República, Michel Temer, invocou o diálogo e falou em trabalho e confiança e que é preciso fazer um governo de “salvação nacional” para que o Brasil supere a atual instabilidade política e econômica. Ele fez, nesta quinta-feira (12/5), seu primeiro pronunciamento depois de assumir interinamente o cargo após o afastamento de Dilma Rousseff, que responde a processo de impeachment.
“É urgente pacificar a nação e unificar o Brasil, fazermos um governo de salvação nacional. Partidos políticos, lideranças, entidades organizadas e o povo brasileiro hão de emprestar sua colaboração para tirar o país dessa grave crise”, disse Temer, em pronunciamento feito logo após dar posse aos novos ministros.
Já tentando apresentar uma agenda de governo, que classificou como difícil e complicada, ele defendeu o diálogo a respeito dos desafios para a retomada do crescimento da economia. Citando aspectos que reforçam o ambiente de recessão econômica do país, como os altos índices de desemprego e de inflação, mencionou a necessidade de resgatar a credibilidade do Brasil para atrair investimentos.
“De imediato, é preciso restaurar o equilíbrio das contas públicas. Quanto mais cedo formos capazes, mais rápido vamos retomar o crescimento”, disse. Ele avaliou que, havendo melhoras na economia, a reação positiva dos investidores será rápida porque “há um grande volume de capital no mercado”.
Ainda em relação à área econômica, Temer sinalizou “para tranquilizar o mercado” que não vai interferir na atuação do Banco Central. Defendeu ainda a atuação conjunta dos setores público e privado, por meio de parcerias público-privadas. E disse que ao estado compete apenas cuidar das áreas essenciais, como segurança, saúde e educação.
Rebatendo críticas feitas pela presidente afastada Dilma Rousseff e seus aliados, Michel Temer garantiu que serão mantidos os programas sociais, como o Bolsa Família, Pronatec, ProUni e Minha Casa, Minha Vida. “São projetos que deram certo e terão gestão aprimorada. Precisamos acabar com um hábito no Brasil e que, assumindo outrem, tem que destruir o que foi feito.”
Reformas, controle e eficiência
Temer falou também sobre as reformas em tramitação no Congresso, como a trabalhista e a previdenciária. Garantiu que não serão alterados direitos adquiridos . Defendeu também a revisão do pacto federativo, com maior autonomia para estados e municípios.
“Vamos precisar muito da governabilidade. Esta agenda difícil, complicada, será balizada pela conjugação de esforços. Executivo e Legislativo têm que trabalhar em conjunto”, afirmou.
Michel Temer afirmou ainda que o governo vai trabalhar na melhoria dos processos de controle e fiscalização dos atos da administração pública. Garantiu que as ações da operação Lava-Jato vão continuar e que o trabalho deve ter proteção contra qualquer tentativa de enfraquecimento. “Tornou-se referência”, disse.
Mencionando as alterações feitas no ministério, falou em “democracia da eficiência” para destacar a necessidade de melhora na qualidade dos serviços públicos. Disse ainda que já estão sendo feitos estudos tendo como objetivo a eliminação de cargos comissionados na máquina pública.
Dilma
Temer reconheceu que é impossível ser uma unanimidade. E disse que é preciso haver harmonia entre os poderes – que devem ser independentes – e respeito às instituições.
“Faço questão de declarar meu absoluto respeito institucional pela senhora presidente Dilma Rousseff. Não discuto aqui as razões pelas quase foi afastada. Quero sublinhar a importância do respeito às instituições”, disse.
Fonte: Globo Rural
Voltar
