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Ministério da Saúde deve formar grupo para testar uso de aviões contra mosquitos
Agropecuária | Publicada em 18/03/2016
O Ministério da Saúde deve montar nos próximos dois meses um grupo de trabalho para avaliar a possibilidade do uso da aviação agrícola no combate ao mosquito Aedes aegypti. Esse foi o resultado de uma reunião ocorrida ontem, em Brasília, entre representantes do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG) e técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. O encontro ocorreu a partir de um pedido de audiência que havia sido protocolado em dezembro, pelo SINDAG. A comitiva do sindicato foi liderada pelo presidente Nelson Antônio Paim. Junto com ele estavam o vice-presidente, Júlio Augusto Kämpf; o tesoureiro, Francisco Dias da Silva; o diretor-executivo, Gabriel Colle, e o assessor parlamentar do sindicato, José Cordeiro de Araújo.
O sindicato aeroagrícola vem propondo desde 2004, ao governo brasileiro, o uso de aviões nas estratégias anti-mosquito. A proposta é baseada em uma experiência positiva ocorrida na Baixada Santista, em 1975 e no fato da técnica ser atualmente usada nos Estados Unidos, México e diversos outros países. No caso da experiência paulista, a pulverização aérea dos mesmos produtos usados hoje por terra, nos chamados fumacês ajudou a eliminar um surto de encefalite assolava os municípios de Itanhaém, Peruíbe e Mongaguá.
Insistência
Apesar dos relatórios da Superintendência de Controles de Endemias de São Paulo (SUCEN) na época não ter apontado nenhum dano colateral à população ou mesmo à fauna e flora, a ação de 40 anos atrás nunca mais foi repetida no País. Era em vista disso que o SINDAG vinha pedindo há 12 anos a realização de testes em uma área piloto, com o sindicato fornecendo gratuitamente os aviões, pilotos e pessoal de terra para as operações aéreas. E a contrapartida do Ministério da Saúde seria montar a equipe de pesquisadores e técnicos que pudessem avaliar o experimento.
“Em nenhum momento a aplicação de fumacê aéreo ou terrestre substitui as medidas de prevenção, com a eliminação dos focos de água parada nas casas, terrenos ou áreas públicas”, ressalta o presidente do SINDAG. “Mas nos casos onde há grande infestação de mosquitos adultos, o avião faz a diferença porque pode atingir fundos de terrenos baldios, construções abandonadas e áreas extensas e longe das vias públicas, que limitam muito o fumacê por terra. Sem falar na velocidade, já que um avião consegue cobrir até 500 quarteirões em uma hora”, completa Paim.
Cartilha
O grupo também entregou aos técnicos do Ministério da Saúde a cartilha Aviões x Mosquitos – Como podemos ajudar, publicada nesta semana pelo SINDAG. O material – que até amanhã estará sendo distribuído aos parlamentares do Congresso Nacional e no Ministério da Agricultura e a outras autoridades – explica a proposta da entidade. A publicação também fala sobre o histórico da aviação agrícola no Brasil e as operações realizadas em 1975 na Baixada Santista. A cartilha também tem a palavra de especialistas em favor do uso de aviões contra mosquitos e fala dos equipamentos, instalações, legislação e diversos aspectos que dão segurança às operações do setor.
Fonte: Agrolink com informações de assessoria
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