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Desempenho do frango vivo em dezembro e em 2015
Agropecuária | Publicada em 06/01/2016
Após seis meses de valorização contínua – período em que seus preços foram reajustados em mais de 40%, saltando dos mais baixos níveis dos últimos dois anos para a melhor remuneração nominal de todos os tempos – o frango vivo (base: interior paulista) fechou dezembro com queda de preço em relação ao mês anterior.
Mesmo assim, comparativamente ao cenário que marcou a economia brasileira neste último Natal, não há como negar que seu desempenho no encerramento do ano foi excepcional. Pois ao contrário do ocorrido um ano antes, quando o preço médio caiu mais de 10%, o retrocesso do mês ficou limitado a pouco mais de 1%, garantindo a obtenção da segunda melhor média mensal do ano e da história.
Claro, tal resultado não teve maior significado se levada em conta a brutal ascensão dos custos de produção. Mesmo assim, em 2015, o frango vivo passou longe da situação experimentada nos dois Natais anteriores, ocasiões em que suas cotações não só involuíram em relação ao mês anterior, mas também ficaram aquém das registradas um ano antes.
Esse fato, aliás, leva à constatação de que o recente ganho de quase 30% sobre dezembro de 2014 também não teve maior significado, porquanto o valor médio do mês (perto de R$3,06/kg) está apenas 3,7% acima dos R$2,95/kg registrados em dezembro de – note bem –2012. Ou seja: se – como foi dito anteriormente – o resultado deste dezembro foi excepcional é apenas porque os preços não despencaram e não porque ganhos palpáveis tenham sido obtidos.
Tal conclusão, por sinal, se aplica igualmente ao preço médio do ano, bom apenas a partir de junho e alavancado, primeiro, pelo aumento das exportações e, depois, pela diferença, interna, dos preços da carne bovina.
Nada disso, entretanto, contribuiu para ganhos fora do normal. O preço médio, no ano – R$2,61/kg – foi, nominalmente, cerca de 8% superior ao de 2014 e pouco mais de 5% superior ao de 2013. É fácil concluir, pois, que – em valores reais – registra resultado negativo em relação aos últimos dois anos. Na prática, retrocedeu-se ao nível registrado em 2012. Pois, corrigido pelo IPCA, o valor então registrado (R$2,08/kg) equivale, atualmente, a R$2,59/kg.
Fonte: Avisite
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