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Governo argentino anuncia fim das restrições cambiais e câmbio único
Agropecuária | Publicada em 17/12/2015
O novo governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira (17/12) o fim das restrições cambiais impostas no final de 2011, quando Cristina Kirchner era a presidente, e antecipou que também vai implantar uma taxa de câmbio único, que não especificou. "Estamos muito contentes de poder anunciar o final da restrição cambial na Argentina", declarou em entrevista coletiva o ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay.
O ministro assegurou que a partir desta quinta-feira será possível acessar divisas estrangeiras sem nenhum tipo de restrição em relação a montantes nem ter de contar com uma autorização prévia da Receita Federal.
Prat-Gay sustentou que a partir de agora será possível "exportar e importar livremente", haverá uma taxa de câmbio único, que não concretizou, e se voltará ao limite de US$ 2 milhões por mês por pessoa que existia para a compra de divisas até a criação do "cerco cambial", no final de outubro de 2011.
Além disso, para incentivar o ingresso de capitais, será eliminado o depósito compulsório de 30% para a entrada de divisas ao país.
Prat-Gay disse que a suspensão das restrições cambiais é possível graças a certas "condições" concretizadas nos últimos dias, como a eliminação dos impostos às exportações, a chegada de novas autoridades no Banco Central e a "certeza" de contar com fundos suficientes para reforçar as reservas monetárias, que somam US$ 24,282 bilhões.
Neste sentido, o ministro assegurou que para as quatro próximas semanas espera contar com fundos adicionais que somam entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões.
Esses recursos virão, segundo explicou, do compromisso de empresas de antecipar investimentos, uma maior liquidação de divisas pela exportação de cereais (US$ 2 bilhões por semana), financiamento de bancos internacionais e um acordo com o Banco Central da China para converter dólares das reservas em iuanes do Banco Central argentino. "Com esta tranquilidade nos encorajamos a suspender as restrições", concluiu Prat-Gay.
Fonte: Agência Efe
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