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SP: Cultivo do café cresce na região de Jaú
Agropecuária | Publicada em 16/10/2015
A área destinada ao cultivo do café aumentou nos últimos 15 anos na região. Em relação aos municípios do entorno de Jaú, a alta é de 8,8%, passando de 6.150 hectares em 2001 para 6.693 hectares no ano passado. Especificamente em relação a Jaú, o crescimento da área é maior: 34,3%.
Em um momento em que o preço da cana-de-açúcar não é tão atrativo, a migração de cultura pode ser uma possibilidade ao dono de terra. O proprietário da Indústria Bertanha, Cid Bertanha, diz que o consumo mundial de café é crescente, e o Brasil deve aproveitar essa oportunidade.
Bertanha ministrou palestra nesta quarta-feira na sede da Cooperativa Agrícola da Zona do Jahu, que sedia a Semana do Café. A indústria administrada por ele fabrica máquinas para a colheita do café.
De acordo com Bertanha, o cenário para o preço do grão é de estabilidade. “Apesar de haver muita especulação em relação ao café em bolsas de valores, a perspectiva de preço não é de queda”, aponta.
Quem pensa em apostar nesse produto deve investir em tecnologia. “Hoje um café tecnificado produz acima de 30 sacas por hectare”, diz Bertanha. “São R$ 15 mil por ano por hectare.”
O presidente da Cooperativa Agrícola da Zona do Jahu, Carlos Eduardo Nabuco de Araújo, tem o mesmo entendimento. Em sua opinião, o cultivo do café é um negócio rentável para lavouras atualizadas tecnologicamente.
Mercado
Uma das vantagens do café em relação à cana é a ampliação da possibilidade de comercializar o produto. O café em coco pode ser mantido em estoque até quatro anos. No caso de uma queda nos preços, o produtor pode esperar para negociar o grão. Na região uma associação exporta mais da metade da produção (leia texto).
Nabuco de Araújo entende que a regulação de produtos agrícolas deve ficar com o mercado. Cita que antes o preço da cana era garantido pelo governo. Por esse motivo, o agricultor tinha mais segurança. Hoje o mercado determina o valor.
Especificamente no caso do etanol, o preço do combustível comercializado na bomba sofre influência direta do preço da gasolina por causa da paridade existente entre eles.
O engenheiro agrônomo e responsável pela Casa da Agricultura de Jaú, João André Miranda de Almeida Prado, observa aumento das áreas de café e principalmente de grãos na região, como a soja e o milho. A migração deve-se à queda no preço da cana.
Segundo ele, a aposta no café é mais tranquila porque existem propriedades que dispõem de estrutura montada para esse tipo de cultura. No caso dos cereais, o investimento em maquinário é mais alto.
Fonte: Comércio do Jahu
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