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Futuros de açúcar iniciam semana firmes em Nova York após rompimento dos 13,50 cents
Agropecuária | Publicada em 06/10/2015
O viés é de alta para os futuros de açúcar demerara nesta semana na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Ainda influenciados pelo reajuste de combustíveis no Brasil, os preços também devem refletir a previsão de chuvas para áreas produtoras do Centro-Sul do País e o rompimento da importante resistência de 13,50 cents por libra-peso.
De acordo com a Climatempo, as precipitações tendem a ganhar força nos próximos dias em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. No território paulista, chove de 30 mm a 50 mm nas regiões central e oeste e 30 mm no norte. Volumes semelhantes são esperados para praticamente todo o Estado mineiro. Já no Paraná deve chover mais, com até 100 mm na faixa leste. Para participantes, são precipitações que podem provocar atrasos na colheita ou fazer com que as usinas destinem ainda mais cana-de-açúcar para produção de etanol.
Do lado gráfico, as cotações não param de romper resistências: 12,50 cents/lb, 12,80 cents/lb, 13 cents/lb e, na última sessão, as de 13,30 cents/lb e 13,50 cents/lb. A partir daí, analistas traçam um cenário de alta para os contratos, apostando mais na orientação dada pelos fundamentos do que pelo câmbio - na sexta-feira, o dólar ficou em R$ 3,9430 (-1,18%).
Ainda tecnicamente falando, o primeiro suporte passou para os 13,50 cents/lb, enquanto a resistência foi para 13,98 cents/lb, máxima de 14 de julho.
Março subiu 27 pontos (2,04%) e fechou em 13,53 cents/lb, com máxima de 13,55 cents/lb (mais 29 pontos) e mínima de 13,24 cents/lb (menos 2 pontos). Maio avançou 27 pontos (2,07%) e terminou em 13,33 cents/lb. Na semana, acumularam valorizações de 9,02% (mais 112 pontos) e de 8,28% (mais 102 pontos), respectivamente.
O spread março/maio, que iniciara a semana passada em 10 pontos, fechou sexta-feira em 20 pontos de prêmio para o primeiro contrato da tela.
E pelo mais recente relatório da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC), fundos inverteram a mão de novo e passaram a deter saldo comprado em açúcar na semana encerrada em 29 de setembro. A posição passou de vendida em 30.934 para comprada em 25.992 lotes.
O Indicador de Açúcar calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) encerrou a sexta-feira em R$ 56,21/saca, alta de 0,70% ante a véspera. Em dólar, o índice ficou em US$ 14,26/saca (+1,93%).
Fonte: Agência Estado
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