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África do Sul retoma importação de frango dos EUA ainda em 2015
Agropecuária | Publicada em 17/09/2015
A defesa de mercado empunhada pela avicultura sul-africana fez com que as exportações brasileiras de carne de frango decrescessem sucessivamente nos últimos três anos.
Mas o esforço da avicultura e do governo brasileiros por manter aberto aquele mercado (afinal, a África do Sul é parceira do Brasil nos BRICS) tem produzido resultados e, neste ano, o recorde mantido desde 2011 pode ser alcançado ou até superado – possibilidade sinalizada pelo incremento de mais de 25% nas exportações do primeiro semestre.
Agora, porém, o Brasil corre o risco de enfrentar outro desafio para manter posição no mercado sul-africano. Porque acordo firmado nesta semana entre os governos da África do Sul e dos EUA estabeleceu que ainda em 2015 sejam retomados os negócios com carne de frango de origem norte-americana.
A barreira da avicultura sul-africana sobre o frango importado tem afetado muito mais os EUA que o Brasil. Tanto que, considerados apenas os últimos cinco anos, o fornecimento norte-americano tem-se mantido extremamente baixo.
No início deste ano a África do Sul encontrou mais um argumento para aumentar essa barreira: o surgimento de casos de Influenza Aviária nos EUA. O embargo, a partir daí, foi total. Tanto que os únicos embarques do ano, efetuados em janeiro, ficaram resumidos a pouco mais de 123 mil libras – perto de 56 toneladas.
Mas isso já está superado. Pois, no acordo desta semana, ficou estabelecido que a África do Sul somente poderá embargar produtos avícolas norte-americanos provenientes de áreas especificamente afetadas pela Influenza Aviária. E, nos EUA, praticamente nenhuma região produtora de frangos foi afetada pela doença. Assim, em 15 de outubro próximo, será realizado encontro derradeiro a partir do qual serão reabertas as importações de frango dos EUA.
E quanto será importado? Por um acordo firmado em Paris pelos dois governos em junho deste ano, estabeleceu-se inicialmente uma quota anual de 65 mil toneladas, ou seja, o correspondente a mais de 40% do volume exportado pelo Brasil para a África do Sul em 2014.
Resta saber como se comportarão os sul-africanos frente a essa nova abertura. Importarão o volume adicional independentemente do que esteja sendo fornecido pelos demais exportadores? Ou manterão os níveis de importação anteriores, reduzindo o volume adquirido de outros fornecedores?
Não custa mencionar, a propósito, que nos oito primeiros meses de 2015 a África do Sul importou um terço a mais do que havia importado no mesmo período do ano passado. Com isso, subiu da 21ª para a 6ª posição entre os principais importadores da carne de frango brasileira. Ou seja: é cliente que merece especial atenção.
Fonte: Avisite
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