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Cebola é campeã da inflação: subiu 155% desde janeiro

Agropecuária | Publicada em 19/08/2015

Com cerca de 25%, o grupo "alimentação e bebidas" tem o maior peso na inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Juntos, os mais de 160 itens que compõem este grupo acumulam uma inflação de 7,3% de janeiro a julho deste ano. O IPCA geral do período é de 6,83%. Quem costuma ir ao supermercado tem a impressão de que a inflação é maior que a divulgada pelo governo. É que, no grupo "alimentação e bebidas" está o maior número de produtos, cujo aumento supera os dois dígitos.

A cebola é a campeã disparada da inflação brasileira nos sete primeiros meses do ano. Subiu 155%, segundo o IBGE. No Ceasa em Londrina, o aumento foi ainda maior. A caixa com 20 quilos do produto saiu de R$ 33, na primeira semana de janeiro, para R$ 90, na última de julho (reajuste de 172%).

Bem abaixo da cebola, mas muito acima da média da maioria dos preços pesquisados pelo instituto, vem o tomate, que subiu 41% no período. O índice está próximo do verificado no Ceasa (39%), onde a caixa do tomate longa vida foi de R$ 43 para R$ 60. Feijão preto, morango e abacate também tiveram inflação acima de 30%, segundo o IPCA. Os índices foram 35%, 34% e 32%, respectivamente.

De todos os produtos pesquisados pelo IBGE – são mais de 400 em 9 grupos -, somente a energia elétrica (do grupo habitação) teve aumento tão expressivo (48%) quanto aos do "alimentação e bebidas". Mas não há só vilões neste grupo. Cerca de 20 itens ajudaram a segurar a inflação. O limão é o que teve maior deflação, de 35%. O peixe peroá ficou 28% mais barato e a laranja baía, 25%. Também caiu bastante o preço da banana maçã (-15%). Outros produtos que sofreram deflação mais discreta foram feijão preto (-2,65%), leite em pó (-1,02%) e frango em pedaços (-0,04%).

O engenheiro agrônomo da Secretaria do Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) Carlos Alberto Salvador diz que o aumento de 155% na cebola ocorreu por motivos climáticos que prejudicaram a safra tanto no Brasil quanto na Argentina, de onde vem boa parte do produto consumido pelos brasileiros. "A tendência é que o preço da cebola comece a cair só em novembro, quando entra a nova safra do Sul do País", declara. Segundo ele, com a queda da oferta argentina, o Brasil aumentou a importação de cebola da Europa. "A estimativa é que, em 2015, o Brasil produza 1,6 milhão de toneladas e importe 1,4 milhão de toneladas", explica.

Eugênio Stefanelo, economista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma que a inflação dos produtos agrícolas está relacionada a questões climáticas que reduziram a oferta e, em consequência, elevaram os preços. Mas não é só isso. "Outra questão é que os preços de alguns produtos estavam muito baixo em safras anteriores. E isso desanimou os produtores que reduziram a área plantada", declara. Novamente, com menor oferta, houve elevação dos preços.

O terceiro fator a pressionar os preços de produtos agrícolas é o câmbio. "Embora os preços internacionais de commodities tenham caído, o aumento do dólar, que subiu quase R$ 1 desde o ano passado, elevou o preço dos produtos em Paranaguá", destaca. Ele explica que, conforme aumenta o preço da mercadoria a ser exportada, também sobe o da destinada ao mercado interno. "Se o produtor consegue um valor determinado no porto, ele não vai vender por menos no mercado interno", afirma.

Stefanelo acredita haver motivos suficientes para apostar na queda da inflação no ano que vem. Em primeiro lugar, ele cita o clima. "Geralmente, quando ocorre o El Niño (fenômeno climático de aquecimento das águas do Oceano Pacífico), não há problema de safra no Brasil", destaca. Outro motivo para otimismo é que os preços altos de hoje também devem estimular os agricultores a plantarem determinados produtos, o que deverá aumentar a oferta e ajudar a baixar os preços.

Nelson Bortolin
Fonte: Folha Web


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