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Milho: abastecimento é garantido pela “safrinha”
Agropecuária | Publicada em 13/08/2015
Os últimos dados da CONAB indicam que em 2015 a produção brasileira de milho está atingindo novo recorde. O estimado até aqui são 84,3 milhões de toneladas, 5,3% a mais que o produzido na safra passada. Ou – para quem gosta de números mais expressivos – um adicional de 140% sobre os 35 milhões de toneladas colhidos 10 anos atrás, na safra 2004/2005.
O mais curioso nessa expansão é que ela se concentrou integralmente na produção da segunda safra. Ou seja: enquanto a produção da primeira safra aumentou cerca de 11% (pouco mais de 1% ao ano, podendo-se dizer que, hoje, se encontra em retração), a segunda safra – ainda identificada como “safrinha”, mas digna de ser chamada de “safrona” – aumentou 600% (de menos de 8 milhões/t para perto de 54 milhões/t em 2015, incremento superior a 20% ao ano).
No gráfico abaixo a evolução das duas safras de milho nas três últimas décadas (1986/2015) está representada através da média quinquenal móvel, procedimento que minimiza os altos e baixos anuais, a maioria deles decorrentes de variações climáticas.
Pelo gráfico é possível constatar que nas duas décadas decorridas entre 1986 e 2005 a produção brasileira de milho aumentou a uma média de 3% ao ano, estagnando-se no triênio 2004/2006. O grande salto começa em 2007. Desde então (e comparativamente ao produzido em 2006) o volume produzido cresceu a mais de 7% ao ano.
Razões para isso? Claro, outros fatores vêm contribuindo para essa expansão. Nota-se, entretanto, que em 2005 os EUA se tornaram o maior produtor mundial de etanol. Que, lá, tem como base o milho. E que, por isso, causou profunda crise na produção animal norte-americana, pois retirou do setor grande parte de sua principal matéria-prima.
Criticada na ocasião, a política do então presidente dos EUA, George Bush (filho), parece ter servido de estímulo não só à agricultura local, mas também a outros países produtores, como o Brasil.
Fonte: Avisite
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