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Mercado de fertilizantes deve ter retração no país
Agropecuária | Publicada em 12/08/2015
O prazo curto para entregas e negócios, decorrente da cautela dos agricultores brasileiros, deve atrasar as vendas de fertilizantes no país, segundo avaliação do presidente da Mosaic Brasil, Floris Bielders. A estimativa da empresa é que o volume vendido deve ficar entre 30 e 31 milhões de toneladas, frente a 32,2 milhões de toneladas em 2014.
"Você precisa fazer as compras com bastante antecedência e isso não está acontecendo. Quando tudo se concentra, temos portos com capacidade que não é suficiente. Haverá áreas onde produtores não serão capazes de receber em tempo", disse Bielders à agência Reuters, durante evento na Câmara Americana de Comércio, em São Paulo.
Apesar da safra de soja ser projetada como novo recorde, o consumo mais baixo de fertilizantes indica um investimento diminuído em tecnologia. "Isso não é por falta de entendimento do benefício do uso de fertilizantes, ou porque as margens não permitem, é por causa da incerteza do mercado. Os produtores esperaram (para fechar compras) apenas porque há muita volatilidade nos preços de grãos e de fertilizantes", ressaltou Bielders.
O maior impacto no atraso, segundo o executivo, foi a variação do dólar em relação ao real. "Setenta por cento das culturas agrícolas do Brasil têm preços denominados em dólar... No saldo líquido, o real fraco é bom para o Brasil", concluiu.
Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems
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