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Drones podem aumentar a produtividade e reduzir custos na agricultura
Agropecuária | Publicada em 10/07/2015
Os drones ainda não se tornaram unanimidade no campo. A estranheza e falta de conhecimento sobre a eficiência dos robôs ou os efeitos que causam nos animais afasta agricultores e pecuaristas. Porém, quem decidiu investir na tecnologia encontra nela uma gama de utilidades, de análise da plantação a manejo de boiada.
De acordo com o Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação da USP (ICMC-USP), o uso das informações coletadas por vants (veículos aéreos não tripulados) permite um acréscimos de 15% a 20% na produção agrícola. Entre as principais vantagens apontadas pelo estudo está uma maior e mais rápida detecção de áreas improdutivas, o que possibilita a adoção de estratégias de intervenção e otimiza o uso de insumos, possibilitando também ações pontuais de recuperação de lavouras.
Atualmente, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) pesquisa e testa drones e softwares de análise de dados e imagens gerados pelos robôs. Os drones testados pela instituição custam entre R$5 mil e R$300 mil, dependendo do material e finalidade, mas os programas de análise podem ser baixados gratuitamente no site da instituição.
"Tratar as áreas como não uniformes possibilita ao produtor rural a economia de insumos, a redução de impactos ambientais e o aumento da produtividade", afirma Lúcio Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentalização, em São Carlos (SP).
Solução Brasileira
Um dos vants testados na unidade de São Carlos é a Ísis, desenvolvido pelos engenheiros catarinenses Fabrício Hertz, 27, Lucas Bastos, 25, e Lucas Mondadori, 26, fundadores da Hórus Aeronaves. O projeto foi contemplado por três programas de empreendedorismo e foi realizado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), SENAI, Fundação Certi, Incubadora Celta, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Embrapa.
A aeronave, composta em fibra de carbono e programada via GPS, possui câmeras de alta resolução e pesa 1,2 quilo. Além de não ser pilotado, o drone não precisa de pistas de pouso e decolagem.
De acordo com o engenheiro Fabrício Hertz, os sócios perceberam que há uma carência de drones no Brasil, o que força os interessados a importarem os robôs. “Esse tipo de aeronave tem uma grande quantidade de aplicações e faltam produtos destinados à atividade de mapeamento”, contou.
A Ísis foi desenvolvida para mineração, atividades de controle ambiental, de levantamento topográfico e para a agricultura, em que pode ser utilizada para fazer levantamentos ambientais, mapeamento aéreo, agrimensura, georreferenciamento de terreno, agricultura de precisão, entre outros.
“Acredito que o futuro do agronegócio está ligado aos drones. Cada vez mais, é necessário aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, reduzir custos. O drone faz exatamente isso: aperfeiçoa a produção agrícola, reduzindo gastos e tempo”, explica Hertz.
Para conferir mais detalhes sobre o produto e entrar em contato com a empresa, acesse o site da Hórus Aeronaves.
Fonte: Globo Rural
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