Ferramenta permite irrigar a plantação sem gastar energia e combustível
Agropecuária | Publicada em 03/06/2015
Primeiro é preciso explicar: por que “carneiro hidráulico”? Na Idade Média, a máquina de guerra mais usada pelos soldados era um tronco de madeira que, impulsionado repetidamente, arrombava os portões e muros das fortalezas inimigas. A criação dessa arma pode ter sido inspirada nos golpes desferidos pelo carneiro, bicho que tem fama de investir, sem parar, com a cabeça, na direção do inimigo. Essas armas eram chamadas de aríetes, que em latim quer dizer carneiro.
Nos dias de hoje se usa a expressão “golpe de aríete” para caracterizar o barulho ritmado feito pelas tubulações quando a saída de água delas é interrompida abruptamente. O movimento é causado pelo “surto de pressão” que percorre toda a mangueira, expandindo-a. A isso se dá o nome de “golpe de aríete”.
Em 1772, o inglês John Whitehurst desenvolveu uma bomba d’água aproveitando essa energia provocada pelo “surto de pressão”. O aparelho foi aperfeiçoado pelos irmãos franceses Montgolfier e passou a se chamar carneiro hidráulico.
O invento se espalhou pelo mundo e até hoje é considerado revolucionário, porque vence a lei da gravidade ao bombear a água de um lugar baixo para outro mais alto, sem qualquer ajuda do homem. Não gasta energia nem combustível já que a energia usada pelo carneiro hidráulico vem do “golpe de aríete”.