Agropecuária | Publicada em 17/04/2015
Compilando dados dos últimos 18 anos, o gráfico abaixo mostra a evolução da produção brasileira de pintos de corte sob o ângulo da produção diária. Revela, por exemplo, que em um espaço de 12 anos (de 1998 para 2010), o volume produzido diariamente aumentou mais de 100%, passando de perto de 8 milhões de cabeças/dia para mais de 16 milhões de cabeças/dia. Aliás, nesses primeiros dois terços do período analisado a produção de pintos de corte – por decorrência, da avicultura de corte – se expandiu com um dinamismo ímpar, a uma média aproximada de 6,5% ao ano. E, nesses 12 anos, enfrentou apenas um recuo, em 2006. Por conta de surtos de Influenza Aviária que ocasionaram forte retração mundial no consumo da carne de frango e nas exportações brasileiras do produto. O ápice da produção de pintos de corte, ainda não superado, ocorreu em 2011. O volume anual então atingido, perto de 6,245 bilhões de cabeças, correspondeu a uma produção diária da ordem de 17,110 milhões de cabeças. Mas foi só. Porque, com a forte retração da economia em 2012, o total produzido recuou em relação aos dois anos anteriores e, a despeito de breve recuperação nos dois exercícios seguintes, 2013 e 2014, continuou aquém do recorde de 2011. Ainda é cedo para uma previsão mais efetiva em relação ao corrente exercício, pois os números até agora divulgados referem-se apenas aos dois primeiros meses do ano. Mesmo assim eles já sinalizam que o recorde de 2011 pode ser superado em 2015, pois o volume dos primeiros 59 dias do ano correspondem a uma produção diária de 17,554 milhões de pintos de corte, perto de 3% a mais que a média diária registrada no ano anterior. Mantida a média atual no transcorrer do exercício, o total anual ficará em pouco mais de 6,4 bilhões de pintos de corte, volume que representa um adicional da ordem de 175 milhões de cabeças de pintos de corte. Não é muito, mas, diante da crise econômica e da retração de consumo que vem sendo demonstrada por diversos órgãos de pesquisa, pode se transformar em novo exagero. Como o ocorrido em 2011 e que, combinado com a crise de abastecimento ocorrida no ano seguinte, levou a atividade à mais profunda crise de sua história recente. Talvez seja melhor desacelerar e deixar a quebra do velho recorde para o futuro, ou seja, para quando o panorama voltar a ser favorável. Avisite Fonte: www.agrolink.com.br
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