Agropecuária | Publicada em 02/04/2015
Em entrevista ao programa de TV do Simpi-SP (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) A Hora e a Vez da Pequena Empresa, o secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, falou sobre o projeto de desenvolvimento rural sustentável (Microbacias 2), que tem, entre seus objetivos, integrar as melhores práticas de manejo do solo e da água, e os sistemas de produção mais competitivos e sustentáveis. “Esse programa financia equipamentos para associações e cooperativas de pequenos produtores familiares que, dependendo do projeto, entram com percentual de 25% a 30%, a ser financiado pelo governo do Estado. Os restantes 75% a 80% entram a fundo perdido”, explica Jardim, citando o caso de aldeia indígena, na região de Bauru, que desenvolveu projeto, sob orientação do governo, para a produção de mandioca que, hoje, ocupa área de 100 alqueires. “Os indígenas plantam e processam toda a mandioca que produzem, comercializando atualmente cerca de 4,5 toneladas por dia”, diz ele. “Outro exemplo é de uma cooperativa de produção concentrada de nêsperas, em São Miguel Arcanjo, que agregou 50% de valor à produção ao comprar câmara frigorífica, adquirida com pequena participação de 30%, que foi financiada pelo Estado”, complementa.
Assim, Arnaldo Jardim tem a convicção de que, fortalecendo a posição dos pequenos agricultores familiares nas cadeias produtivas, irá aumentar a competitividade destes, além de melhorar a questão da sustentabilidade ambiental. “A ausência de boas práticas de manejo agrícola vem contribuindo para a aceleração do processo de erosão do solo, levando à sedimentação de reservatórios, cabeceiras de córregos e nascentes, que implicam menor produção de água, uma das causas da atual crise hídrica”, afirma ele, que complementa: “Diminuindo distâncias, levando conhecimento e soluções através de parcerias, como com o Simpi, estaremos ampliando as oportunidades de emprego e renda, a inclusão social e a preservação dos recursos naturais.”
FRENTE PARLAMENTAR MISTA DA ÁGUA - Por meio de seu presidente, Joseph Couri, o Simpi-SP encaminhou os resultados da última pesquisa Simpi/DataFolha para todas as lideranças parlamentares das esferas federal e estadual, apresentando os impactos da falta de água e energia elétrica sobre as micro e pequenas indústrias paulistas. Coincidentemente, esse ato foi realizado no mesmo momento em que se criava a Frente Parlamentar Mista da Água, no Congresso Nacional.
Contando com a adesão de 231 deputados federais e 16 senadores, essa iniciativa foi criada com o objetivo de trabalhar para a melhoria da qualidade e da quantidade de água disponível no País, exatamente num período em que diversos Estados brasileiros estão sofrendo com a crise hídrica. “Trabalharemos em parceria com os órgãos públicos ligados à área e, também, com a sociedade civil organizada, em busca de respostas para solucionar os graves problemas com relação à água”, disse o deputado federal Evair de Melo (PV-ES), presidente desta Frente Parlamentar, que convidou a entidade para participar de seu lançamento, em solenidade ocorrida dia 25.
Fonte: Diário do Grande ABC..
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