Agropecuária | Publicada em 11/03/2015
No dia 20 de fevereiro, cerca de 40 canavieiros se reuniram em Jardinópolis, SP, nas fazendas Santa Catarina e Magnólia, propriedades do cooperado e presidente da Assovale (Associação Rural Vale do Rio Pardo), Tomaz de Aquino Lima Pereira, para participarem do Projeto Rotacana, uma iniciativa da Assovale em parceria com as empresas APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) e Jumil, com realização do Shopping Rural de Ribeirão Preto, SP.
O encontro teve o objetivo de apresentar novas tecnologias sustentáveis na reforma de canaviais através da palestra “Plantio de leguminosas em áreas de reforma de cana-de-açúcar, associado à conservação de solo”, ministrada pelo engenheiro agrônomo Dr. Denizart Bolonhezi, pesquisador do APTA de Ribeirão Preto, além de fazer demonstrações e orientar os produtores de cana sobre as práticas das técnicas de manejo da cultura de soja e avaliar o desenvolvimento das diferentes cultivares que foram plantadas na propriedade.
Antes da reforma, a lavoura de cana-de-açúcar permite de três a seis colheitas consecutivas. No primeiro corte, essa lavoura é batizada de cana-planta. No segundo corte, seu nome se altera para cana soca ou segunda folha, enquanto que da terceira à última colheita, recebem o nome de ressoca ou folha de enésima ordem.
Para o consultor de grãos da Coopercitrus, Daire da Silva, o evento levou conhecimento e aprendizado para os canavieiros. “Durante o evento, foram mostrados os benefícios da rotação da cultura da cana com soja, no plantio direto na palhada de cana, além de ter sido realizada uma demonstração do planejamento da reforma da cana crua nos princípios da Agricultura Conservacionista, sendo manejo correto físico e químico da fertilidade do solo, levando em conta que através de pesquisas realizadas é comprovado que no método tradicional através do uso de grades, se perde através das erosões, em média 40 toneladas de terra fértil por hectare da superfície do solo, enquanto no modelo de plantio direto ou conservacionista esta perda é insignificante. Todos os cooperados saíram satisfeitos e elogiaram o que viram nos campos demonstrados de soja no plantio direto sobre a palhada de cana”, ressalta.
O presidente da Assovale e cooperado da Coopercitrus Tomaz de Aquino explica que o projeto está cada vez melhor. “Eu acredito que os resultados desse evento serão muito positivos e motivadores para outros que surgirão, pois este é o caminho, são nesses momentos de crise que devemos nos unir e inovar. Esse é o espírito da Coopercitrus, juntando-se à Assovale e fazendo ações para viabilizar a sustentabilidade do pequeno e do médio produtor rural, fixando-o em sua propriedade, não importa a cultura que seja”, comenta.
Tomaz de Aquino explica que a Assovale, parceira da Coopercitrus, está sempre atenta a ações em defesa do pequeno e médio produtor, porque acredita que são eles os grandes tocadores das roças do Brasil. “As projeções de produção são muito animadoras, mostrando que quando se forma uma equipe competente e dedicada, como foi o caso do Dr. Denizart, Sr. Daire, Jumil e os idealizadores da Assovale e Coopercitrus, o resultado é sempre um sucesso. Me sinto muito orgulhoso de poder ajudar nossos parceiros e participar de projetos que sejam viáveis a realidade brasileira”, finaliza.
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