Agropecuária | Publicada em 25/02/2015
Contrapondo-se o custo de produção levantado pela Embrapa Suínos e Aves ao preço recebido pelo produtor no interior paulista, conclui-se que em janeiro de 2015 os avicultores operaram onerosamente, isto é, com um custo maior do que o preço recebido.
Sem dúvida, as bases de dados são diferentes, visto que o custo se refere a aviários com climatização positiva do estado do Paraná, enquanto o preço recebido parte da cotação alcançada pelo frango vivo no interior de São Paulo. Mas, sem dúvida também, os custos nos dois estados são similares e – em função de serem dependentes do milho de outras unidades federativas – muitas vezes os avicultores paulistas enfrentam custos maiores que seus colegas paranaenses.
Levada em conta esta última condição, é certo que o preço alcançado pelo frango vivo no mês de janeiro ficou abaixo do custo de produção e, assim, até a margem aparente, de 2,79% mostrada na tabela abaixo, tornou-se negativa – como já havia ocorrido em janeiro de 2012, durante a grande crise de abastecimento de matérias-primas.
Para chegar à conclusão da produção onerosa é suficiente observar que, mesmo tendo operado em dois terços do mês com a cotação de R$2,35/kg, tal valor correspondeu à importância máxima paga ao produtor, pois o que prevaleceu foram os preços a valores menores. E mesmo quando, no quarto final de janeiro, a cotação do frango vivo paulista sofreu nova queda, retrocedendo para R$2,25/kg (isto é, já abaixo do custo levantado pela Embrapa), negócios a valores inferiores continuaram sendo praticados, estendendo-se até boa parte de fevereiro.
Pela tabela abaixo é possível constatar que o primeiro custo de produção do corrente exercício é o mais elevado dos últimos cinco janeiros. No entanto, a remuneração obtida pelo produtor permanece aquém daquelas alcançadas em janeiro de 2013 e 2014.
Fonte: AviSite
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