Agropecuária | Publicada em 24/02/2015
O aumento do volume exportado pelo agronegócio brasileiro neste mês ainda mantém um patamar bom de receitas em relação às obtidas em igual período do ano passado. Dos 15 principais produtos exportados pelo setor, 10 tiveram aumento de volume até a terceira semana deste mês, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (23) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Como consequência desse aumento do volume, houve também elevação média das receitas. A Secex se baseia nas médias diárias por dia útil para compilar os dados. O volume exportado é maior, mas o valor internacional das commodities cai. Das 15 principais analisadas pela Secex, 12 tiveram redução de preços neste mês em relação a igual período do ano anterior. Ou seja, a balança comercial do agronegócio continua sendo sustentada mais pelo volume do que pelos bons preços dos últimos anos. Um dos destaques são as exportações de frango. As indústrias brasileiras estão colocando 15 mil toneladas de carne de frango "in natura" no mercado externo a cada dia útil de fevereiro. É o maior volume desde 2005, conforme informações disponíveis da Secex e do Ministério do Desenvolvimento. O setor está exportando 15% mais do que em igual período do ano anterior. Apesar da queda de 8% nos preços médios no mercado internacional, o país conseguiu uma evolução de 6% nas receitas deste mês nesse segmento na comparação com o registrado em igual período do ano passado. O volume mensal, mesmo com os feriados de Carnaval, deverá superar o de janeiro. Isso não ocorre com as demais carnes. Tanto a suína como a bovina tiveram recuo nos preços internacionais, no volume vendido e nas receitas obtidas. No caso da carne suína, o volume diário embarcado neste mês é o menor para esse período desde 2005. As exportações do agronegócio ganham força a partir do próximo mês, quando o volume das vendas externas de soja aumenta. Principal item de exportação na balança em 2014, a soja deverá ter, no entanto, preços menores neste ano. Os deste mês são 18% inferiores aos de fevereiro de 2014. *Texto publicado na coluna Vaivém das Commodities. Mauro Zafalon Fonte: Folha de S. Paulo
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