Agropecuária | Publicada em 20/02/2015
O segmento de nutrição vegetal é um dos poucos do agronegócio que consideram o atual nível do dólar como "desfavorável" à cadeia agropecuária e avaliam como inevitável o repasse da alta da moeda norte-americana aos produtos. "O dólar valorizado é interessante nesse momento de venda da safra, mas quando houver a compra dos insumos o produtor verá que esse patamar não é favorável para qualquer segmento", disse Gustavo Branco, direto Técnico da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo).
"É necessária uma correção para baixo", acrescentou. Segundo ele, a alta de quase 8% em 2015 e de 20% no dólar em um ano "inevitavelmente" chegará aos preços dos produtos comercializados pelas empresas associadas à entidade. As empresas do setor faturaram R$ 3,5 bilhões no ano passado e têm um crescimento médio de 12% ao ano.
O segmento depende entre 50% e 95% de insumos importados na formulação dos produtos comercializados. "No começo deste ano há uma estabilização nos preços porque houve realização de estoques e redução nas margens. Mas o repasse será inevitável no futuro", explicou Branco.
Aliado a um cenário macroeconômico negativo, com alta em custos como combustível e energia e nos financiamentos, após o aumento da taxa básica de juros, a Abisolo espera que o segmento de nutrição vegetal de alta tecnologia ainda cresça entre 6% e 8% em 2015. "É um crescimento que segue junto com o aumento quase inercial da produção brasileira", justificou o executivo.
A Abisolo realiza, entre 15 e 16 de abril, em Ribeirão Preto no interior paulista, o 6º Fórum e Exposição Abisolo, que reunirá representantes do agronegócio e do governo para discutir formas de aumentar a produtividade agrícola com o uso de fertilizantes especiais. Além dos debates, uma feira paralela terá 50 estandes e a expectativa é de um público de 1.500 pessoas.
Fonte: Estadão Conteúdo
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