Agropecuária | Publicada em 13/02/2015
O confinamento pode registrar crescimento de 5% este ano, coforme afirmam especialistas. Dois fatores devem contribuir para o aumento: o preço da arroba e a falta de chuva. Nas fazendas, a época é de preparação da linha de confinamento. Na maior parte do tempo os animais ficam soltos na pastagem, mas esse ano, por causa da seca, os criadores do interior de São Paulo estão adiantando o processo.
Anísio Schiavolli é um dos 100 pecuaristas da região de Piracicaba que utilizam a técnica. Esse ano ele vai precisar confinar o gado mais cedo, exatamente por conta da combinação dos dois fatores. "Falta de carne também na praça, muita procura de gado e pouca oferta. Então, vai sair o gado de pasto daqui uns dois meses e aí começa o confinamento, pra ajudar e leva uns 80, 90 dias para confinar e aí não vai parar a produção" conta Schiavolli.
Segundo os especialistas, a previsão é de que no país o total de gado confinado suba de 4,160 milhões de cabeças para 4,360 milhões. Alcides Torres, da Scot Consultoria, diz que os preços devem continuar firmes, isso porque a oferta de animais ainda é baixa, e a demanda deve seguir aquecida. "Nós estamos em pleno ciclo de alta dos preços agropecuários e então, eles devem continuar firmes esse ano e ano que vem, porque houve muito abate de vacas em 2011, 2012 e 2013. Com relação aos custos dos medicamentos veterinários, caiu o protocolo, a própria dieta de grão e farelos deu uma aliviada, mas o principal custo de produção, que é o boi magro, continua caro. Então, a margem de manobra do pecuarista não é muito grande. O cenário é de preços fortes e firmes na pecuária no Brasil" aposta Torres.
Fonte: Portal Canal Rural
Feiras |
Sustentabilidade |