Agropecuária | Publicada em 16/03/2021
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estimou as perdas na soja com os problemas climáticos no Estado. Segundo o levantamento o total chega a 9,08%. Isso impacta em descontos ao produtor, já que o limite máximo é de 8,00%. Além disso, a alta umidade percebida nas últimas semanas exige mais custos para secar a soja, causando mais deduções ao produtor. Vários fatores levaram a este resultado negativo. A safra 20/21 começou com uma seca que levou o produtor a semear a soja tardiamente e de modo muito concentrado. Normalmente o plantio começava logo após o final do vazio sanitário, no final de setembro, mas 6 milhões de hectares plantados em apenas duas semanas (entre 23/10 e 06/11/20). Como a seca se prolongou, 2,51% das áreas precisaram ser ressemeadas, exigindo mais custos do agricultor. Porém, com a concentração da semeadura, chegando a marcar 429,56 mil hectares por dia, muitas áreas ficaram prontas para a colheita no mesmo momento. Apesar da estrutura de máquinas dos produtores, choveu muito durante as últimas semanas, impedindo a retirada da soja da lavoura. Entre os dias 19/02 e 04/03 foram colhidos 3,37 milhões de hectares de soja em Mato Grosso, uma média de 224,49 mil hectares por dia. Possivelmente estas áreas seriam colhidas antes, pois os grandes volumes de chuva que ocorreram no estado impediram o produtor do trabalho a campo. Na verificação das precipitações ocorridas durante as últimas semanas, constata-se o maior volume de chuvas quando comparado com a média histórica dos últimos 10 anos). As regiões que têm maior percentual de grãos avariados são Norte e Médio Norte, ambas com percentual de 14,7%. Os estragos são menores no Centro-Sul, com índices de 1,3%. Fonte: IMEA
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