Agropecuária | Publicada em 20/01/2021
O consumo interno, em ritmo crescente, deverá ir a 72 milhões de toneladas neste ano, 5% mais. Pelos números atuais, os estoques finais desta safra cairiam para apenas 7,3 milhões de toneladas, 33% menos do que na anterior. Se concretizado, será o menor volume desde 2016. Os dados da Conab refletem um cenário apertado porque levam em consideração a queda de produção na primeira safra do cereal, mas ainda não incluem os números do esperado aumento de área na safrinha. Esta, apesar do nome, passou a ser a principal do país em volume produzido. A safra de verão, menos importante atualmente, foi afetada por clima ruim, e consequente redução de produtividade. A produção gaúcha deve recuar para apenas 3,6 milhões de toneladas, 37% menos do que era previsto inicialmente. Quando a empresa incluir em suas previsões as informações da safrinha deste ano, o que deverá ocorrer em fevereiro, esse quadro vai mudar. Os preços favoráveis aos produtores levarão a um aumento de área, e a safra total do ano, prevista atualmente em 102 milhões de toneladas, deverá ficar entre 107 a 110 milhões de toneladas. Claro que a safrinha ainda é um jogo aberto, segundo um analista do setor. Apesar do atraso no plantio, o potencial de produção, com o aumento de área, fica próximo de 85 milhões de toneladas, mas vai depender do clima. É bom que o Brasil realmente eleve a produção interna. O desempenho de seus concorrentes, como Estados Unidos e Ucrânia, não foi bom. Com isso, o produto brasileiro, dependendo do dólar, será bastante disputado. O abastecimento nacional contará também com a produção de milho safrinha do Paraguai, semeado basicamente para o abastecimento do Brasil. Para evitar preços elevados e eventual falta de produto, as empresas que se utilizam do cereal estão antecipando compras internas e programando importações. Fonte: Folha SP
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