Agropecuária | Publicada em 23/12/2020
A foodtech NotCo em parceria com empresas da indústria de alimentos divulgou esta semana uma pesquisa que mapeia o consumo de carnes e alternativas vegetais dos brasileiros. O estudo, " O consumo de carnes e alternativas vegetais no Brasil " foi coordenado pelo The Good Food Institute (GFI) junto ao Ibope, e mostra diversas questões relevantes para o desenvolvimento e propagação de proteínas vegetais. No total, 2.000 brasileiros das cinco regiões do país e das classes sociais AB e C responderam à pesquisa entre os dias 11 e 20 de maio de 2020. Todas as perguntas foram quantitativas, tendo questões de alternativas e de autopreenchimento, sendo aplicadas no painel de internautas do IBOPE Inteligência. A pesquisa olha principalmente para o mercado de proteínas alternativas no Brasil e a evolução da demanda desse tipo de produto. Os dados mostram que metade das pessoas, 49%, já reduziu seu consumo de carne nos últimos 12 meses. Apesar disso, o consumo de proteína de origem animal ainda é bastante alto, independente da categoria. Considerando a frequência mínima de três vezes semanais, os produtos de origem animal mais consumidos são laticínios, seguidos por ovos e derivados e depois o leite de vaca. Em seguida, o tipo de alimento de origem animal mais consumido é o frango, seguido pela carne bovina e depois a suína. Peixes e frutos do mar são a carne menos consumida pelos brasileiros - menos de 10% das pessoas disseram comer esse tipo de produto três ou mais vezes por semana. Quando perguntados sobre alternativas vegetais em substituição aos produtos de origem animal, 39% disse já consumir esse tipo de produto pelo menos três vezes por semana. Em relação ao flexitarianismo - prática alimentar que consiste na redução do consumo de proteína animal -, a pesquisa aponta que os flexitarianos são em sua maioria mulheres e jovens e, no outro oposto, a maior resistência à redução é representada por homens e pessoas com mais de 55 anos. Grande parte das substituições dos flexitarianos é feita apenas com vegetais, 47%, seguidos por carnes vegetais análogas. A primeira alternativa vegetal análoga foi lançada no Brasil em 2019 e já conta com 12% do consumo dos flexitarianos. Apesar do pouco tempo no mercado, a categoria já passou à frente das alternativas vegetais não análogas, que contabilizam 7%. "Em 2018, outro estudo realizado pelo GFI apontou que 29% dos brasileiros tinham diminuído o consumo de carne. Na pesquisa de 2020, vemos que este número saltou para 49%, ou seja, o brasileiro está adotando cada vez mais o flexitarianismo em sua dieta", afirma Ciro Tourinho, country manager da NotCo Brasil. Na hora de comprar proteínas alternativas, o estudo revela ainda que a quantidade de proteína, ter menos gordura e ter ingredientes naturais são as características mais relevantes nas três categorias de análogos vegetais. Outro aspecto investigado pela pesquisa foi a importância de determinadas características sensoriais na hora de escolher um produto. Possuir sabor, aroma e textura igual ou melhor que o produto de origem animal e ser o mais natural possível são as maiores prioridades dos consumidores. Possuir sabor, aroma e textura igual ou melhor foi apontado por 62% dos participantes como a característica mais importante. A vontade de consumir um produto o mais natural possível ficou bastante próxima do primeiro lugar, com 60% das pessoas também escolhendo essa característica, o que indica que o consumidor valoriza a percepção de naturalidade nos produtos. Logo em seguida foi priorizado o valor nutricional igual ou melhor, com 59%. "Por meio de estudos como esse, a NotCo consegue conectar-se ainda mais com o consumidor brasileiro. Além de 100% vegetais e com a maior fidelidade possível em textura e valor nutricional, queremos produzir alimentos que agradem ao paladar dos brasileiros, alimentos que remetam à sua memória afetiva", conclui Ciro Tourinho. Já, quando perguntados o que os faria pagar mais caro por um produto vegetal, os principais atributos apontados pelo consumidor foram ter aditivos naturais ao invés de artificiais, junto com não ter gorduras saturadas. Ambas opções foram escolhidas por 30% dos participantes, demonstrando a importância de atributos de saudabilidade para o consumidor. Fonte: Oficina de Impacto
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