Agropecuária | Publicada em 22/12/2020
Apenas uma fração das vendas de milho do Brasil, o equivalente a 68.550 toneladas, teve a China como destino no ano passado, segundo dados do governo. No período, as exportações totais do cereal foram de 42,7 milhões de toneladas. A título de comparação, a China adquiriu quase 80% da soja brasileira, ou 58 milhões de toneladas, no ano passado. Na terça-feira, a Bloomberg noticiou que o Brasil se aproximava de um acordo que permitiria ao país aumentar as vendas do cereal para a China, que depende dele para alimentar seu crescente rebanho de suínos. Há cerca de dois meses, representantes de Abramilho participaram de uma reunião com importadores e autoridades chinesas para discutir o comércio de milho, disse Cesario Ramalho, presidente da associação. Na ocasião, o Ministério da Agricultura disse aos representantes chineses que se empenharia em tomar medidas que permitiriam ao Brasil aumentar as exportações de milho para a China. "Não precisamos sair correndo para vender, não temos milho para vender", disse Ramalho. "O pessoal fica louco que a China quer comprar, mas graças a Deus, no milho, os clientes são múltiplos, tem o Japão, o Irã, União Europeia, tem muito comprador de milho", acrescentou. O Ministério da Agricultura não respondeu de imediato a um pedido por comentários. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) preferiu não comentar. A Abramilho disse que as medidas para facilitar o comércio do cereal com a China seriam de implementação relativamente simples, explicando que os chineses estão preocupados com um certo tipo de erva daninha, que poderia ser eliminada por meio do uso de herbicidas. O Brasil planta duas grandes safras de milho por ano e deve colher um total de mais de 102 milhões de toneladas nesta temporada, segundo estimativas do governo. A maior parte da produção fica disponível a partir do meio do ano, quando os agricultores colhem a segunda safra. Fonte: Reuters
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