Agropecuária | Publicada em 29/10/2020
Abinash Verma, diretor-geral da Associação de Usinas de Açúcar da Índia (ISMA, na sigla em inglês), disse que as usinais do país deverão aumentar a produção de etanol de 1,9 bilhão de litros em 2020 para 3 bilhões de litros em 2021, visando cumprir a meta do governo de adicionar 10% do biocombustível à gasolina até 2022. Isso exigiria um volume de 5,5 bilhões de litros de etanol. “O governo está muito interessado no programa de etanol, vai ajudar a desenvolver a capacidade de produção”, afirmou Verma em uma apresentação na Datagro International Sugar & Ethanol Conference. A Índia é a quinta maior produtora de etanol do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, Brasil, China e Canadá. O país vê o programa para o aumento da mistura do biocombustível como uma forma de reduzir os custos com importações de petróleo, elevar os preços internacionais do açúcar e ajudar a reduzir as emissões de carbono nas grandes cidades. Verma disse que o aumento na produção de etanol ajudaria o país a diminuir seus excedentes de açúcar. As exportações do adoçante representam um custo elevado para o governo, devido aos subsídios concedidos à indústria para tornar esses embarques competitivos. O membro da ISMA disse que o governo deseja avançar para uma mistura de 20% de etanol até 2030, o que exigiria de 10 bilhões a 11 bilhões de litros do biocombustível por ano. Verma afirmou que haverá financiamento público para que as companhias ampliem a capacidade de produção. A Tailândia, outra grande produtora de açúcar e etanol, também está elevando a mistura, mas o país reduziu sua meta de longo prazo por projetar que o papel dos veículos elétricos vá aumentar. Pipat Suttiwisedsak, presidente da associação de produtores de etanol KTBE, disse na conferência que a Tailândia reduziu a meta para a mistura de 11,3 milhões de litros por dia para 7,5 milhões de litros por dia. Mas considerando que o consumo atual de etanol é de cerca de 4,45 milhões de litros por dia, ainda há espaço para crescimento, acrescentou Suttiwisedsak. Fonte: Reuters
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